A rápida evolução tecnológica tem revolucionado a forma como nos conectamos, interagimos e experienciamos o mundo ao nosso redor. Para os próximos anos, a expectativa de Rafael Rossetti, presidente da Messier Data & Creative, como empreendedor de games, é que essa dinâmica de mudanças só aumente, impulsionando uma sociedade cada vez mais conectada e imersa em experiências inovadoras. “A tecnologia 5G, com sua velocidade e baixa latência, permitirá uma conexão mais ágil e estável, possibilitando novas aplicações e usos inovadores em diversas áreas, assim como o poder do processamento de dados”, analisa.
Além disso, um conceito que tem ganhado destaque é o “multiverso”, um ambiente digital em constante expansão, em que os usuários podem interagir, criar e explorar novas realidades virtuais. Também a gamificação, ou seja, o uso de elementos de jogos em contextos não lúdicos, está se tornando uma poderosa ferramenta para engajar e motivar as pessoas em diversas áreas da vida. “As empresas estão compreendendo cada vez mais a importância dessa estratégia, seja para melhorar o aprendizado, o engajamento dos funcionários ou a interação com os clientes”, garante Rafael. Para ele, com a gamificação, é possível tornar as atividades rotineiras mais atrativas, transformando o processo de aprendizagem em algo divertido e desafiador.
À medida que as experiências digitais se tornam mais presentes em nossas vidas, as empresas estão percebendo a importância de promover sentimentos positivos e conexões emocionais com seus clientes. “Não se trata apenas de oferecer um produto ou serviço de qualidade, mas sim de criar uma experiência que gere uma conexão significativa e duradoura”, diz Rafael.
Na visão de José Evangelista Terrabuio Junior, fundador da Beenoculus Technologies, o futuro do empreendedorismo gamer é promissor. Ele observa que cada vez mais os jogadores utilizam movimentos físicos e gestuais para controlar personagens e objetos virtuais. “Em vez de apenas usar um controle ou teclado, os jogadores podem mover seus corpos, fazer gestos ou até mesmo usar dispositivos de captura de movimento para interagir com o ambiente virtual. Já temos experiências de interface de uso comandada pelo cérebro. Isso cria uma sensação de presença e controle mais direto, proporcionando uma experiência mais imersiva e intuitiva”, exemplifica.
O Brasil tem tudo para se tornar uma referência mundial na produção de jogos eletrônicos. Com criatividade, inovação e empreendedorismo, os desenvolvedores brasileiros estão mostrando que o jogo virou no país. “O que mais me faz continuar é a vontade de acertar. Ainda não temos um jogo que seja um hit, mas enquanto tivermos força, vamos entregar toda a nossa energia em busca desse hit, de fazer a diferença e deixar as pessoas que o jogam felizes”, finaliza Rafael.
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