Um estudo encomendado pelo Movimento Inovação Digital (MID), em parceria com a consultoria PwC, revelou os detalhes da adoção, uso e insights sobre blockchain, criptomoedas, tokens e Drex (Real digital) nas empresas brasileiras. Entre os insights, o levantamento mostra que 83% das empresas consultadas acreditam que as soluções digitais promoverão disrupção nos seus segmentos de atuação.
O levantamento foi realizado com 48 empresas brasileiras, de diferentes setores da economia, com o propósito de avaliar o entendimento das soluções; Apenas 50% dos entrevistados dizem ter um domínio razoável, através de informações do mercado, mas sem fazer uso das soluções. E 59% afirmam que não estão bem informados ou não conhecem a solução Drex do Banco Central.
O Drex ou o real digital será a versão digital oficial da moeda brasileira, o real, e será apenas uma forma diferente de representá-la. O real digital poderá ser convertido para qualquer outra forma de pagamento disponível, como depósito bancário convencional, e também utilizado para pagamentos do dia a dia.
A moeda digital permite movimentar reais que não existem fisicamente, o que implica na diminuição de custos de emissão da moeda física e facilita a implementação de inovações tecnológicas. E expectativa é que a moeda possa ser operada em todos os métodos de pagamento já existentes, bem como se conecte a outros bancos centrais ao redor do mundo.
“A gente percebeu que era necessário interagir com o mercado para ver o que ele compreendia sobre o tema”, disse Rodrigo Soeiro, líder do Comitê de Fintechs & Payments.
Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados dizem que o blockchain traz benefícios para as empresas, mas não possuem clareza de que maneira. Sobre o uso de token (67%), Drex (52%) e cripto (52%) não têm clareza, respectivamente.
“A preocupação se dá pelo fato de empresas que se dizem inovadores e preparadas em competir é estarem tão distantes de sistemas disruptivos que elas. A minha preocupação é essa, as empresas se manterem distantes de players do mercado”, afirmou Soeiro.
Para Willer Marcondes, líder de estratégias para serviços financeiros da PwC, existe uma preocupação sobre todos esses temas de que a regulação é um tema importante. “A maior parte das empresas diz ter um conhecimento razoável sobre os temas. São a maior parte espectadores. Chamou atenção o Drex aparecer como tema pouco conhecido. Existe uma preocupação sobre todos esses temas de que a regulação é um tema importante. Um dos pontos que chama a atenção é o quanto essas empresas estão
empenhadas nas adoções dessas soluções”, afirmou o representante da empresa consultoria responsável pela pesquisa.
