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O biohacking e a disrupção para os negócios

Quem compareceu à palestra “Biohacking: uma inevitável disrupção para os negócios”, realizada no Innovation Xperience Conference – uma iniciativa do Grupo Innovation Xperience (Grupo iX) – e conduzida pelo professor e pesquisador Wagner Sanchez, talvez esperasse uma fala sobre como seremos clonados ou como a tecnologia vai evitar a extinção dos micos-leões dourados. Mas, ao ouvir pelo menos cinco minutos da fala do pró-reitor acadêmico da FIAP e autor de diversos livros sobre educação, inovação e tecnologia, percebeu que o conceito a ser retratado ali seria outro: a transformação de mecanismos do corpo humano para nosso próprio benefício.

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“O corpo humano é um conjunto gigantesco de impulsos elétricos e reações químicas, do cérebro à digestão, passando pela pele e tantos outros sistemas. Pensar em como ler e interpretar esses sinais para apoiar a própria atividade humana é uma mudança de paradigma fenomenal”, explicou. 

Segundo Wagner, o biohacking já está acontecendo, tanto com a popularização de dispositivos que fazem a leitura de batimentos cardíacos e a oxigenação sanguínea, quanto de próteses que convertem impulsos musculares ou cerebrais para executar movimentos. “Esses dispositivos e tecnologias estão sendo desenvolvidos para melhorar a vida e a saúde humana, e esse é o sentido do hackear nossa própria biologia”, detalhou. 

Entre os exemplos apresentados pelo professor estão próteses capazes de interpretar contrações musculares e convertê-las em movimentos para pessoas que tiveram membros amputados, um exoesqueleto que auxilia uma pessoa tetraplégica a andar novamente ao interpretar seus impulsos cerebrais, e implantes intracerebrais que permitem que pessoas com deficiência auditiva sejam capazes de escutar de forma permanente. “Nesse caso, a tecnologia é o atalho que nos permite entregar soluções inéditas para problemas que já existiam na nossa realidade”.

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O experimento que encerrou o painel utilizou os impulsos nervosos de uma pessoa da plateia para provocar contrações involuntárias no segundo participante, por meio de eletrodos conectados a um único dispositivo arduíno. 

 

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