Um relatório da ACI Worldwide, em parceria com a consultoria GlobalData, revela que fraudes financeiras envolvendo o PIX devem causar prejuízos de R$ 11 bilhões por ano a bancos e consumidores nos próximos três anos.
Ainda de acordo com o relatório, as fraudes financeiras envolvendo o PIX devem crescer 39% em relação aos R$ 2,2 bilhões registrados em 2023, sendo o maior aumento entre os seis países avaliados: Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Índia, Austrália e Emirados Árabes Unidos. O estudo considerou mercados com grandes volumes de transações em tempo real, como o PIX.
Brasil em primeiro lugar
O relatório aponta que o Brasil deverá representar, sozinho, um quarto do prejuízo global gerado pelas fraudes realizadas via sistemas de pagamentos instantâneos. Além disso, o País deve superar R$ 44 bilhões em danos financeiros até 2028. Entre os tipos de golpes mais comuns cometidos no país, o levantamento apontou os três primeiros colocados:
• 22% – Venda de produtos inexistentes : A vítima paga por algo que não existe.
• 21% – Golpes de investimento: Promessas de retorno financeiro enganoso.
• 17% – Pagamentos antecipados: Transferências realizadas para garantir serviços ou produtos fraudulentos.
IA no crime
O estudo ACI Worldwide ainda apontou que os criminosos têm avançado no uso da Inteligência Artificial (IA) para realização de golpes financeiros, o que mostra um aumento no nível de sofisticação desses crimes. Segundo a empresa, golpistas têm utilizado a IA para reprodução de voz e imagem, e até mesmo na realização de chamadas de vídeo, nas quais se passam pelas vítimas.
Outro ponto evidenciado pela empresa, é a metodologia aplicada nos golpes. Os criminosos têm utilizado uma tática recorrente, na qual criam um senso de urgência para que a vítima seja pressionada a fazer determinado pagamento que não existe ou para uma conta fantasma, por exemplo.
Medidas de segurança
O relatório aponta que um quarto das vítimas de golpes abandonaria a conta bancária comprometida, o que demonstra o risco de perda de confiança nos sistemas de pagamento instantâneo, um prejuízo que vai além do financeiro. Para prevenir e reduzir os danos causados pelos golpistas, o Banco Central e outras instituições bancárias têm tomado medidas, como a criação de limites de transferência e verificação de dispositivos.
Com informações da Focus Poder