O pesquisador Jim Collins, especialista em gestão de negócios e autor de livros como “Feitas para durar” e “Como as gigantes caem: e por que algumas empresas jamais desistem” (Alta Books), costuma dizer que o denominador comum entre as companhias de maior performance é saber colocar as pessoas certas nos lugares certos. Ele usa como analogia um ônibus, no qual os líderes acomodam suas equipes, depois encontram seus lugares e, em alguns casos, definem quem deve deixar o espaço. A suíça Novartis dá um passo além: convida também para o ônibus outras empresas. “Sabemos que só conseguiremos alcançar nosso objetivo, que é ser um parceiro confiável no ecossistema de saúde transformando a vida dos pacientes, tendo como base a colaboração constante com diferentes públicos”, diz Renato Garcia Carvalho, presidente da Novartis Brasil.
Nesse sentido, a companhia trabalha em conjunto com vários atores dos sistemas de saúde: da comunidade médica e seus pacientes, a startups e o setor público. No final de 2022, por exemplo, fechou uma parceria com o Ministério da Saúde para a elaboração do primeiro modelo de acesso de risco compartilhado do tratamento para Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença rara e degenerativa. A ideia é viabilizar a incorporação do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS). “É o primeiro acordo do tipo entre uma farmacêutica e o SUS”, ressalta Adriana Nascimento, diretora de business excellence & execution da farmacêutica. As ações fazem parte da estratégia da empresa de transformar inovação em acesso. “O intuito é ir além do desenvolvimento de produtos e permitir, também, que o avanço científico chegue em quem precisa dele. Queremos ser parte da solução”, afirma.
Para tornar essas parcerias efetivas foi criado o Evidence Labs, que conta com uma estrutura de governança e um framework para inovar ao lado de instituições que são referências no sistema de
saúde e tecnologia. Atualmente, a corporação tem parcerias com os hospitais Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), e Oswaldo Cruz, em São Paulo (SP), e com o hub de inovação do Hospital das Clínicas de São Paulo, o InovaHC. A parceria com a Atrion, centro de inovação do Hospital do Rio Grande do Sul, por exemplo, foi planejada para combinar as forças de inovação das duas instituições que já eram parceiras em outras frentes. “Agora, buscamos ter estratégias e ações comuns para reduzir a burocracia e estabelecer novos projetos, buscando melhorar e agilizar os nossos processos, alcançando resultados melhores e em menos tempo”, conta Mario Lemos, líder de inovação da Novartis Brasil.
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