A aquisição do Buscapé pelo Zoom foi a grande notícia de Maio no ecossistema brasileiro de startups e um sinal de vigor para toda a cadeia do varejo online. O negócio foi anunciado no dia 14 e sua conclusão exigiu aprovação do CADE, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, órgão que pertence ao Ministério da Justiça e faz parte do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Essa exigência reflete a importância das plataformas de comparação de preços existentes no Brasil.
A negociação foi conduzida pela Mosaico Investimentos, grupo que detém o Zoom em seu portfólio e lançou o BondFaro. Posteriormente, eles venderam a empresa para o Buscapé para criar o Zoom.
Com a aprovação do CADE dia 16 de Agosto, forma-se assim um grupo fortíssimo para o varejo. Comandado pelo Zoom, e integrando Buscapé, BondFaro, QueBarato e Modait – marcas que pertencem ao Buscapé.
O que muda?
Antes mais focada na comparação de preços, cujos líderes no Brasil são justamente Zoom, Buscapé, BondFaro e QueBarato, o Zoom é uma plataforma de comércio eletrônico, que oferece ferramentas para garantir aos clientes o melhor serviço de apoio à compra . No entanto, o CEO do Zoom, Thiago Flores garantiu numa entrevista ao blog do Instituto Startups que “por enquanto, nada muda na operação deles todos”.
“Por enquanto nada muda na operação de cada marca.”
Thiago Flores, CEO do Zoom
Nas palavras do próprio Thiago, “o Buscapé é fortíssimo, e todas as marcas adquiridas na operação continuam independentes e em seus posicionamentos atuais de mercado”. De todas ele espera obter mais eficiência. “Esperamos que elas sejam mais rentáveis e assim se tornem mais valiosas”.
As primeiras consequências
Antes mesmo que aconteçam quaisquer mudanças, o desempenho do grupo já é notável. “Acreditamos que em 2019 o GMV deve ficar bem perto de R$ 5 bilhões. Com o fechamento desse negócio, que estará formalmente concluído no segundo semestre, a rede do grupo terá perto de duas mil lojas parceiras e as propriedades na Internet um tráfego da ordem de 30 milhões de visitas mensais”, afirma o CEO.
O passo dado pelo Zoom é um bom sinal no mercado e no ecossistema de startups: ele mostra uma aposta firme no nicho dos comparadores de preços e nada impede que no futuro a empresa faça outras aquisições. Mesmo não havendo nada em vista para o momento, Thiago Flores admite que “no futuro isso poderá acontecer outra vez”.
Mas por enquanto ele prefere se concentrar no “baita desafio que é concluir a negociação e fazer as mudanças necessárias para retomar o crescimento das empresas adquiridas”.
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