Ironicamente, um ataque cibernético nem sempre tem como alvo o próprio alvo. Para atingir o seu objetivo, hackers exploram todas as conexões de uma empresa e começam a focar nos parceiros de negócios ou companhias que estão na cadeia de suprimentos. Essa abordagem já tem até nome: Ataque de Cadeia de Suprimentos ou Suply Chain Attack, uma tendência de ataque cibernético.
Durante o Febraban Tech 2023, Eva Pereira, vice-líder na Womcy (Women in Cybersecurity), falou sobre a importância da escolha do parceiro ideal. “Particularmente, penso que uma das etapas no processo de escolha de um parceiro será verificar a resiliência em cibersegurança. É isso que algumas empresas ao redor do mundo têm feito”, afirma.
Gestão e investimento
Adriano Volpini, diretor de segurança corporativa do Itaú Unibanco e da comissão executiva de prevenção de fraudes da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), também falou sobre a importância da resiliência cibernética na escolha do parceiro ideal. Para ele, esse é apenas um dos itens que, em breve, precisarão ser discutidos pelo conselho de administração ou alta direção da empresa.
“A resiliência cibernética deveria ser considerada um investimento no negócio, não uma despesa”, afirma.
Para Julio Gomes, vice-presidente para serviços financeiros da Microsoft Brasil, isso precisa ser encarado como um risco dentro da empresa, e, portanto, requer uma estratégia. “Se a cibersegurança representa um risco para o negócio, precisa ser tratada da mesma maneira que a oferta de crédito: é necessário criar uma estratégia que abranja todos os riscos”, explica.
Esses e outros temas foram abordados no Guia de Cibersegurança, uma iniciativa do Movimento Inovação Digital e editado pela Inovativos em parceria com diversas empresas. Vamos conferir?
