Apenas 6% dos desenvolvedores de softwares e games no Brasil são mulheres. É o que aponta a 6ª edição da pesquisa “O Estado do Ecossistema de Desenvolvedores”, realizada pela JetBrains, fornecedora global de ferramentas inteligentes para desenvolvedores e equipes de software.
De acordo com o levantamento, que teve o objetivo de retratar o perfil e os interesses da comunidade mundial de desenvolvedores, 93% dos desenvolvedores no Brasil são homens, enquanto 1% é composto por pessoas que se incluem como não binário, genderqueer ou gênero não conforme.
“O mercado de desenvolvimento de softwares tem uma demanda crescente de profissionais, e vem aumentando à medida que a sociedade se torna cada vez mais digital. Não há qualquer limitador para as mulheres participarem e oferecerem sua contribuição. É uma carreira muito promissora”, comenta Luiz Di Bella, diretor regional de marketing da JetBrains.
Estima-se que até 2025 o Brasil amargue um déficit anual de 106 mil talentos em tecnologia, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
No mundo
Os resultados verificados no Brasil acompanham de certa forma o cenário global. Segundo o estudo da JetBrains, 91% dos desenvolvedores em todo o mundo são homens, contra 5% de mulheres atuando no segmento. A Coreia do Sul e a Argentina tiveram as maiores proporções de mulheres atuando na área, com 13% e 11% respectivamente.
O levantamento ainda identificou que os tipos de desenvolvimento de software com as maiores parcelas de mulheres são realidade aumentada, realidade virtual, criação de sites e business intelligence, ciência de dados e machine learning.
Os resultados da pesquisa da JetBrains vem de encontro com outro estudo que mostra a grande predominância masculina em postos de trabalho na área tecnológica. Segundo levantamento realizado pela Laboratória – organização focada na capacitação de mulheres na América Latina – em conjunto com o laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID LAB), apenas 25% dos profissionais de Tecnologia da Informação (TI) do mundo são mulheres.