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Mais de 10 mil informações vazam de uma associação de médicos nos EUA. A lista inclui dados de pacientes

Uma organização de médicos nos Estados Unidos – Colégio Americano de Pediatras - teve cerca de 10 mil arquivos confidenciais vazados, incluindo registros financeiros e fiscais, listas de membros, trocas de email e, o que é mais grave, informações médicas

Uma organização de médicos nos Estados Unidos – Colégio Americano de Pediatras – teve cerca de 10 mil arquivos confidenciais vazados, incluindo registros financeiros e fiscais, listas de membros, trocas de email e, o que é mais grave, informações médicas.

O conteúdo da violação acabou se tornando ainda mais relevante porque, a pretexto de fazer ciência, mostrou que o grupo na verdade difundia e recrutava defensores de crenças conservadoras sobre paternidade, sexo, procriação e gênero.

Atualmente, uma das principais bandeiras da organização é a luta contra o aborto nos Estados Unidos. No entanto, o grupo já possui um histórico de pautas, no mínimo, polêmicas. Anteriormente, o Colégio Americano de Pediatras já lutou para privar os casais gays de seus direitos parentais e encorajou as escolas públicas a tratar os jovens LGBTQ como se fossem doentes mentais.

Conteúdo vazado

De acordo com matéria do portal Wired, os documentos vazados mostram informações internas altamente confidenciais sobre os doadores e impostos da organização, números de previdência social dos membros do conselho, cartas de demissão de funcionários, questões orçamentárias e de arrecadação de fundos e os nomes de usuários e senhas de mais de 100 contas online.

Uma das planilhas contém informações íntimas sobre cada membro da organização, que no ano passado contava com cerca de 700 integrantes, a maioria homens com mais de 50 anos. A violação traz ainda listas de discussão reunidas pelo grupo de milhares de “médicos conservadores” em todo o país.

O recrutamento visava, prioritariamente, médicos e estudantes de medicina com visões cristãs e os registros vazados indicam que mais de 10 mil malas diretas foram enviadas para esse público entre 2013 e 2017.

Visões polêmicas

Segundo o Wired, as comunicações vazadas mostram que o grupo possui o objetivo de promover o retorno da América a uma época em que as leis e os costumes sociais em torno da família se encaixavam perfeitamente com crenças cristãs evangélicas.

Muitas das visões mais polêmicas da organização têm como alvo pessoas transgênero, principalmente os mais jovens. O vazamento inclui volumes de literatura elaborados para pressionar escolas a associarem jovens transgêneros como portadores de distúrbios patológicos capazes de fazer com que outros espontaneamente adotem pensamentos e comportamentos semelhantes.

Um prospecto de 2021 descrevendo o foco, a ideologia e os esforços de lobby do grupo incluem links para um site que instrui os médicos sobre como falar com crianças em uma variedade de cenários sobre tópicos relacionados ao sexo, inclusive na ausência de seus pais.

Embora o material não seja expressamente religioso, é claramente destinado a retratar o casamento entre pessoas do mesmo sexo como um comportamento aberrante e imoral. O Colégio sugere, inclusive, que os pais planejem uma “viagem noturna especial”, um pretexto para incutir em seus filhos normas sexuais alinhadas com a prática evangélica.

Outro documento que o grupo compartilhou com seus membros contém um roteiro para consultas com menores grávidas, recomendando que os médicos informem às menores que eles são contrários ao aborto, acrescentando que “o procedimento não apenas mata o bebê que você carrega, mas também é um perigo para você”.

As informações são do portal Wired

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