Uma recente reportagem especial da BBC revelou como a inteligência artificial está avançando na clonagem de vozes humanas, levantando preocupações sobre segurança bancária. Utilizando sua própria voz clonada, Vahl testou sistemas de reconhecimento de voz usados por bancos e conseguiu acessar suas contas no Santander e Halifax. A experiência mostrou que as tecnologias que afirmam proteger os clientes podem ser vulneráveis ao uso de IA.
Durante o teste, feita pelo jornalista Shari Vahl, a versão clonada da voz de Vahl foi criada a partir de uma entrevista de rádio e utilizada para reproduzir a frase “minha voz é minha senha”, usada por alguns bancos britânicos como forma de autenticação. Mesmo com alto-falantes comuns, a IA conseguiu enganar os sistemas de segurança, destacando a fragilidade das ferramentas de identificação por voz.
Os bancos envolvidos reforçaram a confiança na segurança de suas plataformas, afirmando que a identificação por voz é apenas um dos vários elementos utilizados na prevenção de fraudes. No entanto, especialistas alertam que a crescente sofisticação da IA generativa exige uma revisão constante dos métodos de segurança. O Santander e o Halifax afirmaram estar aprimorando suas defesas para acompanhar as táticas dos criminosos.
A reportagem também apontou que, embora a clonagem de voz seja uma ameaça preocupante, ela não é a única. Criminosos podem obter informações adicionais, como transações bancárias, para enganar as vítimas e ganhar sua confiança. Em um caso citado, uma mulher foi convencida por um golpista que sabia detalhes da sua conta, resultado provável de uma invasão prévia.
Especialistas em cibersegurança, como Saj Huq, afirmam que o episódio exemplifica os riscos associados à proliferação da IA. O alerta é claro: tecnologias que facilitam a vida dos usuários precisam ser constantemente avaliadas para evitar que se tornem ferramentas nas mãos de golpistas.
Com informações da BBC