Automação, Internet das Coisas (IoT), blockchain e inteligência artificial (IA): novas tecnologias estão transformando o supply chain das empresas no Brasil em uma rede de suprimentos robusta e moderna. É o que aponta o relatório ISG Provider Lens™Supply Chain Services, produzido e distribuído pela parceria TGT ISG e que avaliou as capacidades de 39 fornecedores no País.
De acordo com a pesquisa, investimentos em tecnologia são vistos pelas empresas como fundamentais para os novos saltos de competitividade no supply chain. Segundo a autora do estudo e distinguished analyst da TGT ISG, Ana Lin, com a IoT e o sensoriamento remoto, é possível monitorar 100% dos equipamentos e, portanto, proativamente realizar manutenções preventivas somente nos equipamentos necessários. A medida, além de reduzir custos, aumenta a efetividade da intervenção, uma vez que saber qual peça precisa ser trocada reduz drasticamente custos com deslocamentos e com a equipe alocada.
O estudo também destaca a importância da RPA (robotic process automation), afirmando que essa tecnologia proporcionou uma economia de tempo significativa para as equipes. Ana Lin enfatiza que essa automação de tarefas repetitivas, como, por exemplo, extrair um dado no site do cliente e colocar no ERP (Enterprise Resource Planning) da empresa, retira responsabilidades operacionais das equipes de supply chain, permitindo às equipes trabalharem em tarefas de maior valor agregado como desenvolvimento de análise e planos de ação, para serem mais proativos na cadeia.
“Embora existam outras tecnologias emergentes, a inteligência artificial será a de maior impacto no supply chain. Isso porque uma grande quantidade de dados internos e externos, estruturados e não estruturados, armazenados em data lakes, minerados e analisados, irão desencadear novas correlações, insights e modelos de decisão”, afirma a autora.
O relatório ainda aponta que as implementações de ERP foram cruciais para estabelecer a espinha dorsal dos sistemas de informação nas empresas. Com a migração do ERP para a nuvem, surge a necessidade de migração de todos os sistemas de supply chain, apresentando novas oportunidades, além das vantagens técnicas já conhecidas, como a redução dos custos de armazenamento e a escalabilidade.
Segundo Ana, com a migração para nuvem de sistemas tradicionais de supply chain (IBP, TMS, WMS), as empresas têm oportunidade de implantar novas funcionalidades das novas versões. “Mais relevante, no entanto, são as possibilidades de compartilhamento de dados e, portanto, visibilidade, colaboração, análise de cenários, agilidade e eficiência”, conclui.