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Inovação, planejamento e gestão: as lições da arte para o mundo corporativo

A arte, em suas mais diversas manifestações, tem muito a ensinar ao mundo corporativo sobre como gerir formas inovadoras de empresas e produtos, e pode servir de inspiração para o planejamento, a gestão de equipes e projetos, e também para ajudar a entender o cenário competitivo dos tempos atuais, afirmou Jamil, palestrante da quinta edição do Club iX de 2023 no painel “Economia criativa: a arte como inspiração para a liderança e inovação”.

O pintor renascentista Rafael Sanzio da Urbino é conhecido principalmente pelas obras que decoram as instalações religiosas do Vaticano. Mas o que nem todos sabem é que, em suas obras, ele coordenava equipes de artistas e técnicos, e todo seu trabalho criativo era fruto de esboços, testes, protótipos, diálogo e muita pesquisa.

“Rafael foi um influenciador e pesquisador incansável. Sua arte, ainda hoje, traz vários insights e inspira a gestão de equipes e projetos”, destacou George Leal Jamil, professor, escritor e consultor empresarial. “Assim como Beethoven, ele equilibrava sua genialidade e intensidade artística com a disciplina e a ordem na execução, resultando numa forma de planejamento hoje invejada por empresas que buscam a ambidestria organizacional”. Em outras palavras: o foco pela eficiência operacional e pela capacidade de inovação.

Sim, a arte, em suas mais diversas manifestações, tem muito a ensinar ao mundo corporativo sobre como gerir formas inovadoras de empresas e produtos, e pode servir de inspiração para o planejamento, a gestão de equipes e projetos, e também para ajudar a entender o cenário competitivo dos tempos atuais, afirmou Jamil, palestrante da quinta edição do Club iX de 2023 no painel “Economia criativa: a arte como inspiração para a liderança e inovação”.

Entre essas lições podemos lembrar a ruptura com movimentos artísticos anteriores, como o Renascimento, que recolocou o homem no centro de tudo; a mudança radical de mindset, como Lourenço de Médici, ainda no Renascimento – o que seriam os investidores-anjos de hoje?

Mas, de todas as lições para a gestão, o contexto da inovação é, provavelmente, o mais evidente. Para ilustrar, Jamil recorreu ao Cubismo, que surgiu como uma proposta de pintores interessados em revisar e destruir o relacionamento com paradigmas artísticos adotados até o momento – final do século XIX – ligados à figuração e reprodução de cenários. Um movimento artístico, de fato, inovador, mas não o único, como também temos artistas inovadores.

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Paul Cézanne, Georges Braque, Pablo Picasso, Juan Gris e Tarsila do Amaral adotaram propostas de ruptura com geometrias, reproduzindo composições de cores e expressões históricas, produzindo cenas com recortes, fragmentos e visões totalmente diferentes da realidade. “É um exemplo de como a arte nos ensina e nos mostra o caminho da inovação e de como a inovação pode caminhar na direção do mercado”, destacou Jamil.

A arte e os negócios também podem ter em comum o chamado “princípio da tensão e equilíbrio”. Nesse modo de pensar e produzir, o artista – com a aplicação de técnicas de composição musical ou de atribuição de cores e formas de iluminação – conduz o espectador a uma ativa participação, por vezes em estágio de tensão progressiva, evoluindo para ansiedade na obtenção de um estado de equilíbrio posterior.

Na arte, essa alternância de momentos pode ser verificada em uma orquestra sinfônica, por exemplo. “Entender sua execução é sempre um aprendizado para ajudar a esclarecer os nossos momentos e tomadas de decisão. Há a hora do planejamento e o da execução. E, em ambas, podemos ter a alternância entre estados de equilíbrio (ou solução), e estados de tensão, ansiedade e expectativa. O princípio da ‘tensão e equilíbrio’, dessa forma, nos faz refletir sobre a necessidade de ambos e de que forma nos permitimos alterná-los”, explicou Jamil.

Leia outras reportagens na edição 12 da Inovativos

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