O Brasil possui atualmente 2,5 mil drones agrícolas registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Até 2026, esse número deve superar 90 mil equipamentos cadastrados no órgão, segundo estimativa do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
O crescimento exponencial na quantidade de aeronaves, entre outros fatores, é esperado devido aos inúmeros benefícios do seu uso na agricultura. De forma geral, os drones proporcionam maior eficiência operacional no campo, reduzindo o tempo para a realização de diversas tarefas, como o monitoramento e mapeamento de grandes áreas.
Os equipamentos também colaboram para a redução do uso de insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas, resultando em uma economia de custos para os agricultores. Na pecuária, os drones ajudam no monitoramento de rebanhos, contagem de animais, inspeção da infraestrutura da área, entre outras tarefas.
A tecnologia ainda pode ser usada para o plantio de sementes, inclusive no reflorestamento e na recuperação de áreas degradadas. Em média, uma pessoa consegue plantar uma área de 1 hectare por dia, enquanto os drones são capazes de semear até 50 hectares no mesmo período.
Uso simplificado
A estimativa de aumento da utilização de drones no campo também se justifica pela simplicação das regras para o seu uso no agronegócio. Até abril deste ano, os sistemas de aeronaves remotamente pilotadas (RPAs) destinados à aplicação de defensivos agrícolas, fertilizantes, entre outros insumos, eram autorizados a decolar com um peso de até 25 quilos.
Recentemente, a Anac publicou uma resolução que eliminou esse limite de peso. Dessa forma, a expectativa é de que a medida incentive a inovação, impulsione o mercado e potencialize a utilização dos equipamentos tanto na agricultura quanto na pecuária.
