A partir de 12 de julho, entregadores de comida, mantimentos e outros produtos de Nova York receberão pelo menos US$ 17,96 por hora de trabalho, sem incluir gorjetas. Trata-se do primeiro pagamento mínimo desse tipo no país para o setor, que explodiu em popularidade nos últimos anos e atualmente conta com cerca de 60 mil trabalhadores na cidade.
Mesmo considerando que atualmente os entregadores recebem uma média de US$ 11 por hora – depois de contabilizar gorjetas e despesas – o aumento está dividindo opiniões. Os críticos argumentam que a regra não é o suficiente para beneficiar a categoria, já que esses trabalhadores absorvem uma série de despesas como contratados independentes, incluindo lesões frequentes no trabalho.
Já os grupos ligados à indústria, por sua vez, ressaltam que os custos adicionais para compor o novo salário podem limitar as oportunidades para os trabalhadores. Além disso, existe a possibilidade de esse gasto extra ser repassado para consumidores e restaurantes, que já pagam altas taxas para usar os aplicativos. Vale lembrar que o salário mínimo geral na cidade, considerando-se a remuneração por hora, é de US$ 15.
Modelos de pagamento
De acordo com a lei, as empresas de entrega poderão cumprir as novas exigências de duas maneiras: pagando uma taxa fixa por hora – o que não é comum no setor -, ou pagando por entrega, a uma taxa de cerca de US$ 0,50 por minuto. O aumento será escalonado nos próximos dois anos, para que as empresas possam se ajustar às novas taxas.
Dependendo do modelo de pagamento que as empresas de aplicativo optarem, a expectativa é que algumas delas possam limitar o acesso ao app a alguns entregadores que o utilizam para trabalhar com menor frequência. As afirmações são do portal The New York Times.