Ir a uma consulta médica nem sempre proporciona uma experiência agradável aos pacientes. Muitos costumam se queixar da falta de “atenção”, ou mesmo do fato dos profissionais de saúde responderem brevemente suas perguntas e inquietações, deixando dúvidas no ar.
Um estudo realizado por pesquisadores das universidades da Califórnia, São Diego, John Hopkins, entre outras instituições de ensino, mostra que chatbots de IA, como o ChatGPT, por exemplo, podem fornecer respostas de maior qualidade e mais empáticas do que os médicos reais. As informações são do portal Business Insider.
Metodologia
No levantamento, os pesquisadores fizeram perguntas ao ChatGPT195 da OpenAI postadas no fórum AskDocs do Reddit e compararam a qualidade e a empatia das respostas do chatbot com as respostas dos médicos.
Todas as respostas foram pontuadas por especialistas que trabalham em medicina interna, pediatria, oncologia e doenças infecciosas. Entre os pontos avaliados estavam a “qualidade da informação” e a “empatia ou maneira de lidar com o paciente”.
De acordo com a pesquisa, os especialistas preferiram as respostas do chatbot à do médico em 78,6% dos 585 cenários analisados. Elas também foram avaliadas 3,6 vezes mais em qualidade e 9,8 vezes mais em empatia do que as dos médicos reais.
Respostas mais longas
Uma das principais razões pela qual o ChatGPT venceu no estudo deve-se ao fato das respostas do bot serem mais longas e pessoais do que as respostas breves dos médicos.
Entre as descobertas, o pesquisa sugere que os médicos poderiam usar assistentes de IA como o ChatGPT para “desbloquear produtividade inexplorada”, liberando tempo para “tarefas mais complexas”.
Os autores do levantamento também disseram que os chatbots de IA podem “reduzir as visitas clínicas necessárias” e “promover a equidade do paciente” para pessoas que enfrentam barreiras ao acesso à saúde.
Cautela nunca é demais
De acordo com o portal Business Insider, apesar dos chatbots explicarem todos os possíveis diagnósticos para os sintomas de um paciente, eles ainda podem cometer erros e fazer diagnósticos errados. Assim, os médicos são cautelosos em deixá-los livres para os pacientes em casa.
“Não se deixe enganar pelo desempenho do ChatGPT neste estudo. Ainda não é um médico. Ele pode ser capaz de traduzir ou resumir informações médicas para pacientes, mas não funcionará de forma confiável sem assistência humana clinicamente treinada”, conclui a publicação.