O futuro já chegou. No painel “Metaverso: a nova fronteira digital para os negócios”, especialistas trazem suas visões sobre como as organizações podem integrar esse ambiente, com infinitas possibilidades. O debate ocorreu dentro da Innovation Xperience Conference, evento do Grupo iX, correalizado em 2022 com a SP negócios. A iniciativa conta com o apoio do Movimento Inovação Digital e FecomercioSP.
Vânia Gracio, CEO da Sing e mediadora, lançou o questionamento: “Para muita gente, não há dúvida de que o metaverso é a nova fronteira do empreendedorismo. Mas qual será o papel dos setores público e privado?”. A executiva, que em 2018 foi colaboradora do livro Brand Real: The Ultimate Entrepreneurs Handbook, atuou por quase dez anos na Ketchum no Brasil, como diretora de atendimento da área de tecnologia.
Representante da administração federal, Maycon Stahelin, subsecretário substituto de inovação e transformação digital do Ministério da Economia, responde: “Na perspectiva do governo, enxergamos o metaverso como uma tecnologia habilitadora da indústria 4.0, que vai gerar novos modelos de negócios. Oferecemos instrumentos de fomento para que as empresas possam inovar, com programas específicos para startups, a exemplo da Inovativa Brasil. Queremos lançar uma agenda focada no desenvolvimento de soluções com base no 5G. Contamos com um portfólio de iniciativas.”
Stahelin reforça que sua pasta tenciona propiciar um ambiente no qual a inovação possa acontecer. “Serão inventadas tecnologias habilitadoras. Ainda não conseguimos nem imaginar o número de aplicações possíveis. Mas nosso objetivo é, ao final, incentivar a geração de emprego e renda.”
Já o governo estadual paulista busca conhecimento, antes de agir. “Ainda não estamos atuando efetivamente no metaverso. Seguimos reunindo informações para tentar ajudar, talvez com integração aos programas de exportação. Queremos proporcionar um ambiente no qual as empresas possam colaborar, principalmente as pequenas e médias, de maneira que consigam gerar lucro com o metaverso”, afirma Gustavo de Magalhães Gaudie Ley, vice-presidente executivo da InvestSP, agência de promoção de investimentos ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo.
“Uma área na qual queremos atuar é na capacitação, inclusive à distância. Há indústrias específicas que precisam de certos tipos de obra que não existem nas regiões nas quais elas se instalam, por exemplo. Esse também é um papel nosso: desenvolver mão de obra”, diz Gaudie Ley.
No campo da iniciativa privada que já transita nesse universo, Erick Martins, gerente de parceiras estratégicas da Meta [conglomerado que inclui as redes sociais Facebook, Instagram, Whats app, entre outras empresas], aposta na evolução da Web 3.0 como próxima fronteira. “Acreditamos que o metaverso é apenas uma nova fase da internet. A jornada que começou no telefone nos trouxe até aqui. Logo deixaremos de ter uma tela como intermediária e passaremos a trabalhar e interagir dentro da internet, de maneira 100% imersiva”, prevê.
“Falamos de mais inovação e criatividade, para trabalhar, aprender e interagir. Estamos investindo na produção de conteúdos gratuitos em português, para facilitar e aumentar o acesso dos brasileiros às plataformas. Há múltiplas possibilidades de aplicações. Além disso, o metaverso não precisa necessariamente ser uma reprodução do mundo físico. Por que criar um avatar com camiseta branca se posso usar uma asa de dragão?”, sugere Martins.
Confira o painel na íntegra no nosso podcast ou no Youtube: