Já faz tempo que o conceito de smart money (ou dinheiro inteligente) ganhou popularidade entre empreendedores. Em suma, é um recurso oferecido por um investidor (ou mesmo uma empresa) com experiência de mercado e destinado às startups. Uma de suas características é viabilizar a evolução e a escalabilidade do negócio, com eficiência e em bem menos tempo, se comparado ao curso natural de crescimento. Uma porta que costuma ser aberta por holdings de empresas.
No Brasil, segundo dados da Receita Federal, já foram constituídas mais de 100 mil holdings, sendo que a maioria está em São Paulo. Um exemplo é a Movile, que abriu as portas para a realização da última assembleia geral do Movimento Inovação Digital (MID), no último dia 18, iniciando uma agenda de imersão setorial promovida pela entidade.
De startup de produtos para SMS à uma das maiores investidoras smart do Brasil
Em um bate-papo descontraído Vitor Magnani, presidente do MID, e Patrick Hruby, CEO da Movile, lembraram da origem da empresa em uma incubadora na UNICAMP.
“Muitas pessoas nem conhecem a Movile como investidora, porque ela nasceu na UNICAMP, como uma empresa de tecnologia. Uma startup que criava produtos para SMS, até que apareceu o iPhone e foi preciso mudar e inovar a forma de fazer o negócio. A Movile era um business rentável e pensou em criar novas empresas. Algumas deram certo, outras não. Ela também investiu em diversas empresas, criando um ecossistema de empresas em que ela era a controladora. ”
O caminho foi dar independência às empresas para que pudessem se desenvolver e, entre tantas investidas, há tanto acertos quanto falhas. Mas isso não costuma ser negativo quando a perspectiva vai além.
Vitor, reafirma esse ponto de vista:
“Os casos de falha ensinam, até mais, do que os cases de sucesso (que é o mais tradicional). Eu me recordo quantas vezes a PlayKids testou os produtos para o público infantil, até acertar um produto específico e conseguir escalar o negócio. Como é a experiência de testar tanta coisa e ser um investidor puro dessas tentativas? ”
Patrick não mostra o menor pudor em expor os erros. Segundo ele: “Se você não cometer nenhum erro, você não está tentando o suficiente. ”
Segmentos em potencial
Quando o assunto é venture capital ou capital de risco, o Brasil se mostra muito abaixo do nível global. Mesmo assim, há campos férteis a serem semeados e que, na visão de Patrick, têm grande potencial de investimento:
1. Fintechs
2. Logística como Mercado Livre
3. Cybersecurity
4. Games
Os 4 elementos do sucesso
Para ser uma holding de empresas bem-sucedida, não há segredo: o trunfo está no sucesso das empresas as quais apoia. Mas quais são os principais elementos que compõem o processo de construção de uma organização próspera?
Aqui, estão as 4 smart tips do CEO da Movile:
Cultura forte
Uma empresa sem uma cultura forte não tem a menor chance de dar certo. É preciso ter a certeza de que ela é vivida por todos. Também é preciso ter uma missão muito presente, porque ela engaja e motiva as pessoas, por se sentirem parte de algo maior.
Investir em pessoas e reter talentos
Contratar e investir em pessoas é primordial. Todas trabalham por um bem comum.
H3: Saber fazer dinheiro
É importante saber fazer dinheiro, desde cedo, e o entendimento de como ser lucrativo permite guiar o destino.
Entender o impacto além do negócio
Entender o propósito, desde o início, evita que a sociedade cobre boas intenções mais tarde. Então, seja intencional desde sempre.
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