Quem, durante a pandemia, não contou com um serviço de entrega em algum momento, não é mesmo? Seja para receber uma refeição, uma compra do supermercado, um item da farmácia, o delivery foi essencial em um dos momentos mais críticos desse período. O setor, no entanto, também sofreu com as restrições impostas e tiveram que se adequar às demandas excessivas, vindas dos mais variados canais e dos mais diferentes tipos de público. Nem todos estavam preparados e tinham a infraestrutura e o preparo para lidar com tamanho desafio.
Segundo Célio Salles, conselheiro da ABRASEL e co-criador do Open Delivery, os restaurantes, especificamente enfrentaram obstáculos maiores que os outros segmentos. Isso porque, na opinião dele, as farmácias, por exemplo, têm o produto ali pronto, em estoque, e só enviar, mas o restaurante precisa preparar um prato sob a medida para o cliente e entregar no tempo esperado para que o alimento chegue nas condições mais apropriadas. É uma produção sob medida numa entrega instantânea.
Foi a partir de conversas com outros donos de estabelecimentos que surgiu o conceito de Open Delivery, que já nasce de um modelo exitoso reconhecido na sociedade para propor um padrão de comunicação que facilita a gestão do delivery na visão do restaurante. “Ele nasceu das necessidades dos estabelecimentos, principalmente no que diz respeito na dificuldade de gerenciar seus cardápios nas múltiplas plataformas, de conciliar os recebíveis, integrar os pedidos, rastrear as entregas e visualizar tudo numa única tela”, explica.
“O open delivery nasceu das necessidades dos estabelecimentos, principalmente no que diz respeito na dificuldade de gerenciar seus cardápios nas múltiplas plataformas, de conciliar os recebíveis, integrar os pedidos, rastrear as entregas e visualizar tudo numa única tela”
Célio conta que o dono do restaurante tem o desafio de receber tantos pedidos de tantos canais de forma organizada e pela complexidade do gerenciamento que a ABRASEL está oferecendo ao mercado o Open Delivery. “Não é um app, software ou sistema. Não custa nada, nem tem condição de acesso”. O conceito nada mais é que um padrão de código aberto, com arquitetura e protocolo que se concentra em definir padrões de publicações de cardápios e recebimento de pedidos. “As camadas de contato continuam sendo as mesmas, o cliente segue realizando os seus pedidos via app ou e-commerce”.
Tudo o que o restaurante precisa fazer é ter um software ou uma plataforma que possa introduzi-lo ao novo ambiente para ter mais segurança e conforto. “Uma vez ativado, o Open Delivery recebe todos os pedidos numa única tela. Ele cria um padrão para que o software do restaurante se comunique com os apps e demais plataformas de forma padronizada”. Ao se conectar com o mercado, o restaurante publica um cardápio personalizado com as ofertas para cada canal e os pedidos entram integrados na plataforma.
“Por ser integrado, é possível ganhar tempo e reduzir erros na produção. O restaurante tem mais facilidade de gestão e ordem”, continua Célio. Outro fator importante é a possibilidade de rastreabilidade do produto, fazendo com que enquanto o pedido é realizado, o sistema pode acionar qual será a forma de transporte mais adequada.
O conceito traz benefícios para todo o ecossistema, incluindo bares e restaurantes ao permitir uma gestão mais aprimorada e fluida do negócio, indústria de software, que podem desenvolver solução de integração e ajude a levar mais inovação para o mercado, entregadores logísticos independentes, que serão acionados com mais facilidade e segurança, e os clientes, que terão seus pedidos realizados com menos chances de erros e receberão seus alimentos no prazo e nas condições mais adequadas.
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