Na percepção de 77% dos líderes do Brasil e 75% do mundo, as organizações se tornaram complexas demais para serem protegidas, de acordo com dados da pesquisa Digital Trust Insights 2022, realizada pelo PwC. “Essa complexidade, que realmente é uma realidade, tende a aumentar ainda mais diante da perda de perímetro que estamos vivendo e do aumento da superfície de ataque, do volume de dados e da profissionalização dos cibercriminosos”, destaca Jane Greco, diretora da MPE Soluções.
Como natural incentivador de movimentos que promovam o aumento da maturidade digital dentro das organizações, o executivo lista seis boas práticas para tornar a segurança digital nas empresas mais eficaz:
1. Tenha uma equipe de TI e SI qualificada
Não basta ter soluções de tecnologia adequadas. É preciso contar com uma equipe de TI e SI adequadamente capacitada e dimensionada para operar essas ferramentas. A precaução vale tanto para o time interno quanto na contratação de um parceiro especializado.
2. Conscientize-se dos atrativos e das vulnerabilidades do seu negócio
Considerando a sua infraestrutura digital, quais dados e ambientes tendem a ser mais atrativos para os cibercriminosos. Além disso, quais são os maiores pontos de vulnerabilidades de redes, soluções e dispositivos? As atualizações e os backups estão em dia?
3. Adote o conceito zero trust
O conceito zero trust ou confiança zero é uma estratégia de fluxo operacional de segurança da informação que trata desconfia de usuários, soluções e dispositivos que queiram ter acesso à rede corporativa, partindo do princípio de que tudo é uma ameaça. Faz isso por meio, por exemplo, de múltiplos fatores de autenticação e da verificação contínua da segurança do ambiente.
4. Automatize a resposta a incidentes
Com a perda de perímetro e o aumento do volume de dados e das ameaças cibernéticas, é impraticável mapear e combater os ataques de maneira manual. Para evitar ou interromper um ataque de maneira rápida e assertiva, o mais estratégico é automatizar essas respostas por meio de soluções equipadas com inteligência artificial e machine learning.
5. Proteja seus dispositivos IoT
Na ânsia de acelerar a transformação digital nas organizações e aumentar a sua competitividade, muitas empresas têm aderido a dispositivos de IoT, sem verificar se o quesito segurança da informação foi considerado em sua esteira de desenvolvimento. Como resultado, essas soluções desprotegidas acabam se tornando portas de acesso dos criminosos à rede corporativa.
6. Ofereça treinamento a profissionais de todos os níveis hierárquicos
Principalmente pela chegada da Lei Geral de Proteção de Dados, o assunto privacidade e proteção de dados não é mais um tema que compete apenas às áreas de TI e SI. Hoje, todos os colaboradores precisam se posicionar como guardiões das informações que circulam dentro da organização. Mas, para isso, precisam passar por ações de conscientização, treinamento e reciclagem.