Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

Privacidade, identidade e segurança são desafios para desenvolvimento do metaverso

A Infosys lançou o artigo Demystifying the Metaverse, que aborda questões como privacidade de dados; identidade pessoal; segurança do usuário, de rede e plataforma; ética e fraude financeira no desenvolvimento do metaverso. De acordo com o artigo, estudos indicam que o mercado global do novo ecossistema deve crescer de US$ 107,1 bilhões em 2020 para US$ 758,6 bilhões em 2026, impulsionado por aplicativos que oferecem colaboração da força de trabalho, design e desenvolvimento de produtos, fabricação, logística, vendas e marketing e varejo.

 

As vantagens desta inovação, segundo o head de infraestrutura e cloud da empresa, Glauco Volpe, incluem, ainda, a possibilidade de contar com recursos que, até então, permaneciam apenas no imaginário popular. O executivo aponta que o desenvolvimento do metaverso deve revolucionar os setores de saúde, educação e engenharia.

 

“Muito se fala sobre o metaverso como forma de entretenimento. É verdade, mas ele irá além. Haverá a possibilidade de realização de atendimentos específicos para a saúde, como cirurgias assistidas e acompanhamentos com pacientes no novo ambiente. Além disso, professores poderão contar com recursos de imagens, vídeos e visualização 3D para ministrar aulas. Será algo revolucionário e inovador, que trará benefícios para todos”, explica.

 

No entanto, Volpe reconhece que, para que todos os recursos funcionem de forma correta, é preciso considerar fatores como segurança e privacidade, além da tecnologia em si, que deverá exigir ainda mais dos dispositivos já existentes.

 

“O cenário é muito promissor, mas o metaverso ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento. Ainda temos que enfrentar desafios relacionados à cultura, à tecnologia e ao acesso”, acrescenta.

 

Para a Infosys, o metaverso terá três camadas: conectividade, com 5G e satélites provendo redes ultra rápidas e confiáveis; computação, com grande uso de cloud e edge computing; e, por fim, aplicação com conteúdo 3D. Essas três camadas serão suportadas por outros facilitadores e integradores de sistemas operando sob uma estrutura abrangente de tecnologia segura e sustentável, o que irá permitir as cenas vislumbradas pelo executivo.

 

Ainda restrito ao entretenimento, o metaverso tem possibilitado a negociação de ativos digitais, como NFTs relacionados aos e-sports e até mesmo a realização de shows dentro do espaço de jogos. A expectativa é que o seu desenvolvimento permita uma ênfase maior na construção de comunidades nos aplicativos de jogos e na resolução de problemas do mundo real, por meio da convergência de várias tecnologias em rápida evolução, incluindo computação espacial, computação contínua e de ponta em nuvem, realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR), redes 5G/6G, internet das coisas (IoT) , blockchain, inteligência artificial (IA), entre outros.

 

“Todas essas inovações, aliadas a práticas de segurança que estão em constante aprimoramento, vão contribuir para que essa estrutura seja abrangente e conte com recursos de tecnologia segura e sustentável, o que vai permitir ainda mais inovações que ainda nem estamos considerando neste momento”, completa Volpe.

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