“O mercado brasileiro é o maior e um dos principais focos do Rappi dentre os nove países latino-americanos onde está presente”. Este é o tamanho do desafio assumido por Tijana Jankovic, que ocupou recentemente o posto de country manager do Rappi no Brasil. Em entrevista ao portal INOVATIVOS, a executiva fala quais serão os principais objetivos durante a sua gestão, expectativas, mercado brasileiro, tendências e muito mais.
Segundo Tijana, o consumo via plataformas digitais é um caminho evolutivo e sem volta, o que vai determinar se os novos entrantes vão permanecer no ecossistema digital é a sua capacidade de atender os desejos e as aflições dos clientes em sua jornada enquanto consumidor. Confira a entrevista na íntegra abaixo.
– Quais serão os principais objetivos de sua gestão na companhia a curto, médio e longo prazo?
Os objetivos do Rappi, na minha gestão, de certa forma, não mudam, mas avançam. Nosso DNA é de ser uma plataforma horizontal, e a evolução dos nossos serviços é parte natural de nossos negócios.
– Quais suas expectativas e perspectivas?
Nossas perspectivas são positivas. A inclusão de cada vez mais pessoas na economia digital é um caminho sem volta. E a gama de possibilidades decorrentes da jornada do cliente neste ambiente é fonte constante para nós de inovação. Colocar o cliente e suas necessidades no centro do negócio, aliás, é uma premissa do Rappi desde o seu surgimento.
Quando o app começou a operar, ele possuía dois botões, sendo um deles denominado “Qualquer coisa”, presente na nossa plataforma até os dias de hoje não por acaso. Esta funcionalidade abre espaço para os usuários nos desafiarem a atendê-los com produtos e serviços que eles não conseguem encontrar no ambiente digital. E foi a partir dela que desenvolvemos algumas das verticais que temos hoje.
“A inclusão de cada vez mais pessoas na economia digital é um caminho sem volta. E a gama de possibilidades decorrentes da jornada do cliente neste ambiente é fonte constante para nós de inovação”
– Como você vê o cenário de delivery no Brasil atualmente comparado com países mais desenvolvidos, principalmente durante esse momento de pandemia, quando pessoas passaram a consumir mais via apps?
O cenário do delivery no Brasil foi naturalmente impulsionado pela pandemia, com mais pessoas consumindo produtos e serviços nas plataformas digitais. É certo que este mercado ainda não é desenvolvido como o é nos EUA, o que, por outro lado, nos sinaliza que temos um terreno muito promissor, com muito espaço para crescer.
– Acredita que os novos entrantes neste mercado permanecerão mesmo com a pandemia mais próxima do fim? Como vocês pretendem manter esses usuários e atrair novos consumidores?
Há espaço para todos, mesmo após a pandemia, já que o consumo nas plataformas digitais é um caminho evolutivo e sem volta. O que vai determinar se os novos entrantes vão permanecer no ecossistema digital é a sua capacidade de atender os desejos e as aflições dos clientes em sua jornada enquanto consumidor. Esta é uma das premissas do Rappi e sobre as quais mantemos nossos usuários e atraímos novos consumidores, ou seja, colocar o cliente no eixo do negócio.
“O que vai determinar se os novos entrantes vão permanecer no ecossistema digital é a sua capacidade de atender os desejos e as aflições dos clientes em sua jornada enquanto consumidor”
– Os deliveries têm tido uma pressão muito grande pela entrega cada vez mais rápida. Quais serão as novidades em relação a isso?
No Rappi, temos o botão Turbo-Fresh que é a entrega mais rápida do mercado. Em até 10 minutos entregamos produtos de nossas dark stores, que são micro centros de conveniência dotados de um portfólio com até 1500 SKUs. Em algumas regiões, entregamos até em oito e sete minutos.
“Melhorar a eficiência dos processos para agilizar ainda mais as entregas é um exercício que fazemos, mas consideramos que naturalmente chegará um momento em que haverá um limite natural nesta redução do tempo. Por outro lado, há outras possibilidades de evoluir com as entregas rápidas, especialmente com a customização dos produtos ofertados a partir do comportamento de consumo de cada região atendida”
– O Rappi recebeu um aporte recentemente (US$ 500 milhões). Como esse valor será usado na sua gestão? Há previsões para aquisições e novas captações de investimento?
Ainda não podemos detalhar que parte desse aporte conquistado pelo Rappi Global será destinado à nossa operação. Mas podemos afirmar que o mercado brasileiro é o maior e um dos principais focos do Rappi dentre os nove países latino-americanos onde ele está presente.
– O Rappi vem incorporando uma gama cada vez maior de serviços no portfólio. Como estão os planos da empresa para a consolidação neste mercado de superapp, qual o potencial desse setor e quais as verticais mais promissoras para o Rappi?
O Rappi já se configura como uma superapp, e agora vamos evoluir neste conceito a partir do aprimoramento das verticais presentes em nossa plataforma. Ao fim, o que queremos é devolver o tempo aos nossos usuários, oferecendo o que ele mais deseja – como rapidez na entrega, por exemplo – e disponibilizando um conteúdo relevante para cada momento de consumo.
Uma das verticais mais promissoras do Rappi é o RappiBank, que já colocou no mercado produtos como capital de giro, cartão de crédito e, mais recentemente, modalidades de seguro, caminhando assim para ser um banco digital completo para pessoa jurídica e pessoa física dentro de nossa plataforma. Outra vertical, já mencionada, que vamos continuar investindo é o Turbo-Fresh. Além da customização do portfólio de cada dark store, vamos expandir a cobertura desses serviços tanto nas cidades onde ele já opera como iniciar a operação dele em outras capitais brasileiras.