A transformação contínua é uma regra na EDP, empresa privada do setor elétrico. Difícil dizer ao certo quando o processo de digitalização começou por lá, pois nos últimos anos, a companhia tem investido pesado em parcerias estratégicas e tecnologias inteligentes para aperfeiçoar todos os pilares do negócio. Isso quer dizer levar inovação à jornada do cliente, com a criação de produtos – seja de energia, placas solares ou mobilidade energética –, à automatização dos processos operacionais e atividades de suporte, e à gestão do trabalho dos mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados. Este ano, a empresa já investiu R$ 250 milhões em inovação, o equivalente a 2% da sua receita operacional líquida.
Todo esse processo tem sido possível levando a sério o conceito de inovação aberta, num trabalho que envolve todas as áreas da companhia, além do relacionamento com empresas de fora e startups. O intuito é fomentar a geração de ideias e o desenvolvimento de projetos que contribuam para o crescimento da energia limpa no mundo, em uma abordagem multi-tecnológica, apoiada pela Internet das Coisas (IoT), aprendizagem automática e big data.
Um dos objetivos é, inclusive, liderar a transição energética nos próximos anos por meio da inovação, como explica João Marques da Cruz, CEO da EDP. Para isso há três pilares. O primeiro é usar a tecnologia para que as redes de transmissão e distribuição sejam cada vez mais eficientes. “Estamos vivendo uma seca profunda, a pior dos últimos 91 anos. E essas redes são muito importantes para transformar o Brasil e reforçar o país como uma rede integrada de eletricidade. Assim, estaremos mais preparados para enfrentar situações de crises hidrológicas, como a atual”, explica.
“Nenhuma companhia consegue avançar em um processo de digitalização se não for inclusiva com as pessoas que trabalham nela”
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