Toda disrupção não quer dizer exatamente soluções ao consumidor. Portanto, ao ter o consumidor no foco é mais fácil ser assertivo nas novas ideias. É assim que começou o painel “Tríade financeira: tecnologia, inovação e regulação”, com a fala do mediador José Luiz Rodrigues, sócio titular do JL Rodrigues & Associados, destacando a importância de as inovações serem seguidas por uma regulação arejada e eficiente, como tem feito o Banco Central com as novidades do Open Banking e do PIX.
Normas para a inovação
Otávio Damaso, diretor de Regulação do Banco Central, segue a linha de pensamento de Rodrigues e acrescenta que o Banco Central, apesar do esforço de ver as potencialidades e cuidados das novidades, precisa acompanhar o processo para ver como a regulação funciona na vida real. “Ainda bem que não enxergamos tudo, porque é sinal de que as inovações são realmente disruptivas. Por isso, não fazemos as normas muito fechadas, fazemos abertas para o mercado inovar, com segurança, e aperfeiçoando conforme os riscos se apresentem”, aponta o diretor.
Cuidados jurídicos
Marcus Fonseca, head da área de Inovação Financeira do TozziniFreire, aponta que as novas tecnologias e surgem todos os dias dentro de todo o universo de fintechs e por isso essa limitação dos reguladores em enxergar todos os riscos, que, por vezes, não são vistos nem pelos próprios desenvolvedores das soluções. Por isso, serviços como assessoria jurídica são também essenciais para controlar os riscos. “Por isso, a gente viu que fazia sentido ter uma área específica dentro do escritório para trabalhar questões de inovação financeira”, destaca Fonseca.
Além das fronteiras
Para Loise Nascimento, head de Regulação da MovilePay e líder do Comitê Financeiro da ABO2O, das ações do Banco Central mais relevantes para o mercado de inovação, o PIX é algo que ela classifica como espetacular. “É uma forma de entrada para que novos serviços apareçam. A gente já vislumbra possibilidades inclusive internacionais”, conclui.
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