Thiago Nigro, investidor, empreendedor e criador da corretora Primo Rico, viajou o mundo produzindo um documentário que procurava identificar e contar lições sobre os bilionários e homens bem-sucedidos em seus campos de atuação.
Conversando com essas pessoas, de empresários a ganhadores do Nobel, ele conta que teve acesso a contatos privilegiados, pessoas e empresas, mas principalmente, ideias relevadoras. “Eu estudo as pessoas mais bem-sucedidas do mundo e me especializei em investimentos e negócios. É fácil perceber que as pessoas mais ricas do mundo e mais prósperas tem algo em comum, elas investem em negócios ou herdaram negócios. Todas”, aponta.
Desafios no Brasil
Para fazer isso no Brasil, há desafios. A forma mais fácil é de investir em negócios por aqui é a bolsa de valores. “Hoje temos poucas opções, algo em torno de 600 empresas na B3, somente. E quando essas empresas entram na bolsa elas já multiplicaram em muitas vezes o seu capital”, explica.
Só que mesmo essas gigantes que hoje ocupam a bolsa de São Paulo, diz Nigro, já foram empresas menores, com outro viés, e mais leves. Semelhante às startups. Por isso, ele se dedicou a estudar e investir no ecossistema de inovação e nas empresas que compõem esse ecossistema. “Eu me associei a algumas empresas, investi em outras, descobri que tem muito potencial de multiplicação, mas vem junto um grande risco. Por isso, é preciso estudar o assunto e agir com coerência”, completa.
Os caminhos
O empreendedor e investidor afirma que, em qualquer lugar do mundo, os milionários têm coisas em comum para além do investimento em negócios. Também aqueles que não conseguem êxito no mercado têm coisas em comum. Para ele, há princípios no mundo dos negócios que precisam ser respeitados e que todas as empresas e pessoas que naufragaram erraram em seguir à risca.
Na derrocada, existe sete possibilidades de erro, são eles: ganância, tolice, preguiça, insensatez, imediatismo, indiligência e desistência. Nigro chama a atenção em relação ao último ponto, da desistência. “Se eu fracassei, não quer dizer que sou um fracassado, mas que preciso retomar a partir de outro ponto. Fracassar e ser um fracassado são coisas diferentes”, explica.
O investidor completa dizendo que o fracasso é a maneira de os negócios tirarem prematuramente os jogadores de campo. “Você precisa amar a rejeição, mas não a ponto de se render a ela. É preciso saber que a rejeição te ensina a não levar muito sério os fracassos. Se os fracassos se tornarem insuportáveis, o jogador não tenta fazer mais nada na vida. Por isso, a rejeição ensina e é fundamental e precisa ser entendida como parte do jogo”, conclui.
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