Com o surgimento de novas startups, uma grande gama de diversidade de serviços e produtos aparece a cada dia. O crescimento acelerado dessas empresas é reflexo dessa oferta e aderência do consumidor. Mas como uma empresa é considerada scale-up? A temática foi abordada no painel “Plataformas digitais e o desafio do scale-up. Quais os caminhos para a exponencialidade?, no O2Oix 2019 com mediação de Thiago Cid, da Organica Evolução.
Scale-up é uma empresa que apresenta crescimento de, no
mínimo, 20% ao ano por três anos consecutivos. O crescimento, em questão, pode
ser tanto de receita quanto de funcionários, no entanto, especialistas em
gestão apontam que o aumento de receita se mostra mais significativo para que
uma companhia seja categorizada nesse grupo.
Seguindo essa linha de raciocínio, seriam empresas scale-up aquelas que seguem
um modelo de gestão escalável e que exemplificam como é possível crescer com
responsabilidade.
Fabio Freire, fundador da FindUp, startup que fornece serviços de TI para empresas e organizações através de sua plataforma, é um dos exemplos de organizações com crescimento exponencial.
“Para crescer, é preciso estar muito conectado a criação de redes. No final das contas, todos os nossos negócios são conectados em rede. Quanto mais a gente impactar, quanto mais vidas a gente transformar, vamos estar no caminho certo”, afirma o empresário.
Eduardo L’Hotellier, CEO Get Ninjas, plataforma de cadastro de profissionais para as mais diversas atividades como pintar, reformar, traduzir um texto ou até mesmo passear com um cachorro, comenta sobre a nova realidade das empresas, que não necessitam de uma atividade fixa ou a fundação de uma sede física para atuarem no mercado.
“O seu modelo de negócio acaba crescendo de uma forma muito mais acelerada do que seu custo. São negócios exponenciais por definição. A gente não precisa investir em estoque. A gente consegue estar em vários locais, ter vários clientes e profissionais sem estar investindo um tijolo e criando negócio físico”, afirma.
A ClickBus, plataforma de venda de passagens de ônibus, também nasceu como o mesmo ideal de promover conexões e trazer soluções para quem deseja viajar de ônibus e encontra problemas na compra de bilhetes.
“Nosso proposito é facilitar a conexão das pessoas aos seus destinos. A transformação foi no processo da compra, transformar essa parte da compra de passagem de ônibus”, conta Fernando Prado, CEO da ClickBus.
Freire reforça o impulso do crescimento de startups como as presentes no mercado atual na cultura do consumidor e seus novos desejos.
“A beleza do nosso negócio é não ter ativos, porque ele seria muito mais difícil, mas sim entender que não existe uma receita de bolo e sim criar um negócio de maneira justa e colocar isso como cultura de atuação”, complementa.