Uma das características mais importantes de qualquer negócio, independente da área de atuação, é a transparência em questões ambientais, sociais e de governança. As práticas de ESG, ao lado da tecnologia e da gestão, cada vez mais desempenham papéis fundamentais na entrega de boas práticas aos clientes. Para debater como esses pontos podem melhorar o relacionamento com o consumidor, o Innovation Xperience Conference – uma iniciativa do Grupo Innovation Xperience (Grupo iX) – promoveu um painel com importantes lideranças empresariais. A mediação foi da jornalista e apresentadora Mafê Luvizotto.
As práticas de ESG e de governança atualmente são fundamentais para a cultura das organizações. “Temos como foco a redução de até 50% de carbono das motocicletas de nossas frotas. Trabalhamos uma cultura de olhar também para fora do escritório, pois é lá que as coisas acontecem, pelo menos no nosso negócio”, afirmou Felipe Criniti, CEO da Rappi.
Para Igor Cordeiro, chief institutional affairs officer da Facily e líder do Comitê de ESG do Movimento Inovação Digital (MID), ESG é um assunto de interesse para todos os públicos, inclusive para as classes C e D. “Temos como desafios a inclusão de produtos de qualidade e sustentáveis em nossa linha de frente, oferecendo menos processados e mais proteína natural e vegetais. Entendemos que ESG é de interesse também do nosso público, que passou a se preocupar com desperdício de embalagens e sacolas nas entregas dos alimentos”, disse.
“A Novartis tem como compromisso reimaginar a medicina e isso também inclui a preocupação e o compromisso com ESG”, completou Marcio Ramos, CDO da Novartis Brasil.
Cuidado com o próximo
Uma empresa deve ser criada e gerida por valores, segundo Paulo Godoy, CEO da Olos. Para ele, esses valores devem ter relação com respeito ao propósito, verdade e justiça, e que não adianta pensar em práticas ESG sem ter esse olhar de cuidado com o próximo. “Um dos pontos da Olos, essencial para qualquer empresa, é o foco nos valores, que para nós são o amor, a verdade e a justiça. Isso é perceptível na nossa relação com o colaborador e com o cliente, trazendo longevidade, que é a maior riqueza que uma empresa deve conquistar”, explicou.
Já na Sympla, a preocupação é que cada evento seja um momento único para as pessoas. Dessa forma, a experiência deve ser a melhor possível. A empresa ainda enfrenta os desafios impostos pela pandemia, mas enxerga um futuro positivo e sustentável para o setor. “Fomos os principais impactados e ainda estamos vivendo um processo de retomada, mas já conseguimos enxergar uma melhora significativa no setor. Conseguimos trocar o ingresso impresso pelo digital e estamos pensando em como contribuir para amenizar a geração de lixo pós-evento”, contou Tereza Santos, CEO da Sympla.
A executiva ainda comentou sobre o ingresso gratuito, diferencial encontrado na pandemia e que se tornou exclusividade da Sympla. “Foi uma das alternativas pra continuar movimentando o nosso negócio Com isso, nos tornamos a única empresa de ingressos no mercado a oferecer essa possibilidade para o cliente, uma prática voltada para o ESG”, finalizou.