Após décadas comercializando artigos de luxo em lojas físicas espalhadas por diversos países, a Saks – tradicional cadeia de lojas de departamentos norte-americana e dona de grifes como Saint Laurent, Gucci, Valentino, Fendi e Dior – fez do e-commerce uma de suas prioridades para atender os diversos públicos de forma alinhada com os novos paradigmas do segmento e do varejo.
O “pulo do gato” aconteceu em 2021, quando a empresa anunciou a divisão entre o comércio eletrônico e as 40 lojas físicas, com o objetivo de “redefinir o ecossistema de compras de luxo”, conforme afirmou o CEO da Saks, Marc Metrick, durante o NRF’s Retail Big Show 2024, maior evento de varejo do mundo encerrado na terça (16) na cidade de Nova York, nos Estados Unidos.
Mudança no direcionamento
A mudança no direcionamento da empresa teve o objetivo de tentar conquistar uma maior participação de mercado por meio da adição de um toque de modernização à marca. Para isso, a Saks inverteu seu modelo de negócios – até então focado em lojas físicas – e fez da operação on-line a principal aposta.
A estratégia foi buscar mecanismos para manter a exclusividade – ativo essencial no mercado de luxo – e presente no e-commerce, um formato que pode ser acessado por qualquer pessoa. Outras ações adotadas foram a escassez de produtos ofertados e a distribuição limitada, medidas que fazem com que os itens sejam mais difíceis de serem adquiridos, o que garante um toque de exclusividade aos compradores.
No entanto, apesar da importância estratégica do e-commerce, o CEO da Saks ressaltou que a compra de itens de luxo em lojas físicas será sempre essencial. “O luxo sempre vai precisar de uma encarnação física sobre o que as marcas são, assim as pessoas podem realmente entender e experimentá-las”.
Redes sociais
Metrick também destacou que o segmento de luxo está em contato com as redes sociais sobretudo enquanto ponto de contato com os clientes, já que, segundo pesquisa da própria Sacks, 70% dos consumidores da marca não compram por meio de plataformas digitais. Assim, o executivo defendeu que a presença nas redes sociais deve ser, principalmente, uma estratégia de modernização, aumento de consideração da marca e uma maneira de entregar inspiração aos usuários.
Com informações do Meio e Mensagem