No mundo das criptomoedas, um fenômeno de valorização curioso vem ganhando destaque: as chamadas moedas-meme ou meme-coins. Um dos motivos para o crescimento do debate é a assombrosa ascensão da criptomoeda Pepe, inspirada em um sapo verde que virou se tornou uma figura viral na internet, que disparou quase 7.000% em menos de 20 dias de existência, segundo dados da plataforma CoinMarketCap.
A Inovativos falou com Rodrigo Soeiro, CEO da Monnos e líder do comitê de payments e fintechs do Movimento Inovação Digital (MID, entidade com mais de 150 empresas inovadoras), sobre o tema. Em uma entrevista exclusiva, Soeiro abordou tanto os aspectos positivos quanto as preocupações em relação aos memes.
“A queda é inevitável”
Soeiro destacou que a valorização dos memes baseia-se principalmente na especulação, e quanto maior a comunidade por trás de um meme, mais valor ele tende a ganhar. No entanto, ele enfatizou que, em algum momento, é inevitável que ocorra uma grande queda, deixando somente a comunidade inicial, que criou e impulsionou o meme, como verdadeiros ganhadores.
Para Soeiro, aqueles que tentam entrar na onda do meme correm o risco de apostar no momento errado, o que pode resultar em perdas. Segundo ele, a maioria dos memes são ativos especulativos e não contribuem de forma significativa para o desenvolvimento do mercado.
“Eu, como empreendedor desse segmento, não vejo memes como algo que agrega valor ao segmento.”, afirma Soeiro.
Maior visibilidade para o mercado de criptoativos
No entanto, ele ressalta um aspecto positivo dos memes-coins: a visibilidade que eles trazem. “Muita gente acaba entrando dentro da criptoeconomia a partir de um meme, o que pode ser positivo”, explica.
Soeiro explica que, embora o valor desses ativos seja amplamente impulsionado pela especulação, sua capacidade de atrair novos participantes e trazer visibilidade para o setor continua sendo um ponto a ser considerado.