Um porto sustentável, premiado e de olho no futuro. Esse é o Complexo de Suape, cujo programa de inovação foi apresentado por Thairyne Oliveira, diretora de planejamento e gestão, no Innovation Xperience Conference, evento do Grupo iX, correalizado em 2022 com a SP negócios. A iniciativa conta com o apoio do Movimento Inovação Digital e FecomercioSP.
O complexo portuário, com área de 13,5 mil hectares no litoral de Pernambuco, equipara-se, em dimensões, à área ocupada pela cidade de Santo André, no ABC paulista. No porto, 59% do território é destinado à preservação ambiental. Com o programa de inovação iniciado em 2019, a estatal, cujo nome oficial é Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros, vem conquistando premiações nacionais e internacionais, entre elas o prêmio Antaq, que conferiu ao atracadouro pernambucano o selo Terminal Amigo do Oceano.
“Suape opera 24 horas por dia, durante os 365 dias do ano, movimentando anualmente 23 milhões de toneladas de cargas na operação portuária. Por isso seguimos investindo para melhorar a capacitação e a agilidade. Investimos na digitalização dos processos. Já deixamos de fazer anuências físicas. Criamos o monitoramento em tempo real, por meio do qual sabemos a localização de todas as cargas destinadas ao porto, o que poupa tempo e dinheiro”, afirma a diretora.
“Antigamente, se um navio informava que chegaria em dez dias, reservávamos o berço para o receber, mas se havia um atraso e acaba atracando em 15 dias, perdíamos cinco dias. Hoje sabemos exatamente onde estão os navios e assim ganhamos eficiência, sem tempo ocioso”, exemplifica.
“Suape tem a preservação no seu DNA”, diz a Oliveira, que em 2022 coordenou a elaboração do primeiro Relatório de Sustentabilidade da entidade, à luz do Global Reporting Initiative (GRI). A estatal pernambucana anunciou este ano um novo projeto de restauração de 170 hectares da zona de preservação ecológica ao redor do complexo. Isso elevará o total plantado a 2,7 milhões de mudas de 78 espécies do bioma. “O investidor não quer saber somente sobre o balanço financeiro; ele deseja entender a relação com o meio ambiente e as comunidades ao redor. Nós prestamos essas contas”, conclui a gestora.
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