Em tradução livre, “Banking as a service”, ou BaaS, significa “banco como serviço”. Em termos técnicos é a solução que permite que qualquer empresa possa oferecer produtos financeiros sem precisar ser um banco. O tema foi debatido durante a 4ª edição do Innovation Xperience Conference, organizado pelo grupo iX e correalizado em 2022 pela SP Negócios. A iniciativa conta com o apoio do Movimento Inovação Digital (MID) e da FecomercioSP.
“O “banking as a service” permite ao varejista deixar de ser uma empresa transacional para ser relacional e atender esse novo consumidor empoderado, que compra onde quer, quando quer e paga como quer”, afirmou o presidente da Stone, Augusto Lins, durante o painel “Banking as a service: construindo uma estratégia inovadora em serviços financeiros para o cliente”.
Opinião comum entre os painelistas é que as empresas de varejo estão focadas em entender a jornada que precisam oferecer ao cliente para atrair, fidelizar e reter. Nessa busca, o “banking as a service” ajuda a diminuir a fricção na hora do pagamento, que ainda é muito grande. Para o diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, Fabrício Tota, o BaaS é uma oportunidade para cortar caminhos e fazer a fricção entre o
mercado financeiro e universo cripto cada vez menor. “Os serviços no futuro serão tão integrados que o cliente nem vai perceber se está ou não usando cripto”, disse Tota, referindo-se à oportunidade que o open banking oferece.
Diretor executivo comercial da CSU Digital, Daniel Moretto vê o banking as a service como um modelo que permite inclusão financeira e evolução. “O banking as a service inclui no sistema financeiro empresas que não fazia parte desse universo, levando essa jornada para dentro de casa sem que
ela se torne um banco”, explicou.
Diretor de serviços financeiros da Warren, Nicolas Peixoto tem opinião semelhante. Para ele, o BaaS é uma oportunidade das empresas oferecerem uma experiência completa ao investidor, sem deixar de olhar para o seu core. No caso da Warren, o investimento. “Nossa missão é entregar a melhor experiência de gestão de investimento no mundo. O banking as a service me ajuda a focar no meu core bussiness, que é investimento, mas abrange outros serviços financeiros justamente para diminuir a fricção”.
A despeito da velocidade de mudança, os painelistas concordam que o BaaS surgiu graças à decisão do Banco Central (BC) de ampliar a concorrência financeira e inserir mais gente nesse processo. O resultado é que as empresas de varejo, de serviços e até de investimentos, podem estender operações financeiros diretamente da sua plataforma, ainda que não sejam bancos.
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