O termo ainda está se consolidando no mundo dos negócios, mas muito provavelmente você já ouviu falar do termo “web 3.0”. Foi em 2006 que a nomenclatura foi usada, pela primeira vez, pelo jornalista John Markoff no The New York Times. O artigo intitulado “Empreendedores veem uma Internet 3.0 guiada pelo senso comum”, faz referência à tendência dos cientistas de TI (com a expansão da web 2.0) de iniciarem um processo novo a partir da rede atual: eles querem adicionar uma camada de significado sobre a internet que já existia. Por isso o nome “Web Semântica”.
“A primeira versão da internet era considerada a web da leitura. Pensada para acessar conteúdo, meio que como uma biblioteca. Depois, vem a web 2.0, que é uma web social. Os indivíduos não eram mais consumidores passíveis de conteúdo, mas produtores. A web 3.0 é a web da propriedade. Você passa a ter as coisas por meio da tecnologia blockchain” (Edney Souza, Partner & Head of Business Development SigmaGeek).
“Por que o Google ganhou tanta força? Foi necessário muito dinheiro de venture capital e muita grana de agências governamentais de fomento a negócios. Hoje, eles possuem servidores absurdamente grandes para comportar pessoas do mundo todo. E aí temos a pergunta: qual é o nível de descentralização desejável? Interessa ter um novo Google, algo mais local, só porque eu sou dono 100% dos meus dados? Talvez, na visão mais purista da web 3.0, sim. Para o usuário comum talvez não. Viveremos por um bom tempo em algo que eu defino como Web 2.5. Será algo em transição” (Luiz Persechini, especialista no tema e CEO da Sherwa).
“A tecnologia permite a descentralização, mas nem por isso tudo será descentralizado. A experiência do usuário e o valor agregado de entregas geradas pelas plataformas digitais, que tiveram seu boom na Web 2.0, permitirão que empresas intermediárias possam manter sua relevância. Uma delas é o customer experience, algo que surgiu e se desenvolveu na Web 2.0. Não podemos perder esse passivo” (Marcos Carvalho, diretor geral do Movimento Inovação Digital).
“Estão até chamando DAO (uma sigla em inglês que traduzida seria algo como sistema descentralizado de gerenciamento e orçamento) de ‘commerceverso’ ou ‘metacommerce’, o que faz muito sentido, porque havendo uma evolução dos próprios gadgets para imersão no metaverso, você tem uma infinidade de possibilidades. Tudo isso traz outro tipo de experiência de marca” (Rodrigo Soeiro, CEO e founder da Monnos).
“Eu diria que a web 3.0 apresenta um futuro mais sombrio, porque as pessoas não estão conseguindo enxergar como o metaverso vai conseguir cumprir o que está sendo prometido” (Carl Amorim, fundador da Blockchain Hub Brasil).
“Na Europa, temos a MICA (uma espécie de pacote sobre finança digital, que visa desenvolver uma abordagem europeia que promova o desenvolvimento tecnológico e assegure a estabilidade financeira e a proteção dos consumidores). Há ainda estudos feitos pela SEC (Securities and Exchange Commission, uma espécie de CVM americano), que também está estudando uma maneira para ver como irá tratar os criptoativos. Em outras palavras, o tema avançou bastante desde o ano passado” (Vanessa Fialdini, sócia da Fialdini Advogados)
“Atualmente, a principal barreira para a chegada do 5G e ampliação da cobertura 4G nas cidades brasileiras é a restrição advinda das leis (ou da ausência delas) de uso e ocupação do solo específica para tratar as infraestruturas de suporte para antenas” (Luciano Stutz, liderança do Movimento Antene-se e Presidente da Abrintel).