Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

Negócios digitais e suas novas estratégias: os pilares dos Inovativos

Os novos negócios digitais levam em conta novos pilares. E eles foram discutidos no Fórum Inovativos deste ano

Atualmente, a inovação não depende apenas de um momento “eureca” ou de boa vontade corporativa. Ela exige disciplina, investimento e processos estruturados. Nos negócios digitais, por exemplo, isso vai além da simples adoção de novas tecnologias.

Esses pilares foram debatidos no painel “Os Pilares da Inovação Digital: Tecnologia, Centralidade no Cliente, Cultura e Pessoas, ESG e ROI”, apresentado durante o Fórum Inovativos, na sede da FGV, em São Paulo.

Mediado por Marcos Carvalho, diretor-geral e cofundador da plataforma Inovativos, o painel contou com a participação de Amanda Andreone, CEO da Genesys; Karine Chaves, CTO da Junto Seguros; Albervan Luz, head-director de eCare e transformação digital da Claro; e Renan Moreira, head de customer experience do iFood.

O que é inovação?

Para os participantes, inovar é uma necessidade em todos os setores do mercado, mas cada um tem suas demandas específicas. De acordo com Amanda Andreone, o processo deve começar pela análise e estruturação de um planejamento:

“Inovação é entender onde é preciso colocar o foco, a sua prioridade, e trabalhar para fazer dessa hipótese, que pode ser um projeto interno ou de produto, se tornar real e agregar valor ao negócio”, afirmou.


No segmento de seguros, Karine Chaves destacou que a inovação, muitas vezes, é impulsionada pelo cliente:

“No segmento de seguros, é o cliente que está puxando a transformação do atendimento. Por isso, acredito que a inovação é buscar fazer algo melhor do que você já fazia, buscando os principais indicadores de uma organização, como eficiência operacional e melhoria no NPS e no engajamento do cliente. Ou seja, é buscar soluções que tragam resultados melhores para sua organização, como estamos fazendo no nosso”, explicou.



Renan Moreira, do iFood, reforçou uma visão similar: “Inovação nada mais é do que uma disrupção que tem um resultado positivo. Basicamente, é ter um ponto de inflexão para entender se determinada tecnologia ou a mudança de um processo vai te impulsionar ou acabar com o seu negócio. Inovar é fazer algo que você já faz muito bem, mas que traga uma rentabilidade que te joga pra cima”, salientou.

Já Albervan Luz, da Claro, lembrou que inovar é parte fundamental da evolução humana:
“Inovação é uma questão de sobrevivência, dentro e fora dos negócios. Nós evoluímos, como seres humanos, através da inovação, desde a descoberta do fogo, passando pela revolução industrial, da computação, até os dias de hoje, quando falamos sobre Inteligência Artificial. Quem não inova, acaba sendo esquecido”, sentenciou.


Impacto da inovação

O painel também discutiu o impacto da inovação tecnológica nas organizações e como elas lidam com ferramentas disruptivas, como a IA generativa.

Segundo Albervan Luz, tecnologias como Cloud Computing, Big Data/Analytics e IA generativa são revolucionárias:

“O Cloud Computing foi uma verdadeira revolução na forma de entregar produtos digitais que atendam às expectativas dos clientes. A IA generativa está se tornando uma ferramenta super importante, pois traz oportunidades de avançarmos mais rapidamente com dados não estruturados, como vídeos e imagens”, completou.

Renan Moreira destacou o papel crucial da IA para empresas nativas digitais: “Para nós, a GenIA é o nosso grande ponto de inflexão. Se não usarmos essa tecnologia, podemos perder nossa liderança de mercado. Trabalhamos a GenIA com prudência, mas sem deixar de usá-la. Afinal, ela veio para sanar as dores que temos, agregar valor ao que já fazemos e superar obstáculos”.


Karine Chaves, da Junto Seguros, trouxe uma reflexão baseada em pesquisa do Gartner:

“O que chamou atenção foi a preocupação dos CEOs e CIOs com investimentos em tecnologias emergentes, como IA, GenIA e Data Analytics, além de cibersegurança e gestão de riscos. Não se pode seguir modismos. Às vezes, uma solução simples resolve o problema. Entender o que você precisa e analisar o real problema é a chave para buscar a solução ideal”, alertou.

Para Amanda Andreone, o maior desafio é manter o ciclo de inovação constante:

“A tecnologia é um meio, não o fim. Todas as tecnologias citadas aqui, como IA, GenAI e Analytics, conjugadas, podem gerar soluções inovadoras. A grande questão é: como continuar inovando?”, concluiu.




Veja o painel na íntegra no Spotify e o Youtube:

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