As opiniões da Geração Z sobre a Inteligência Artificial (IA) são marcadas por uma dualidade notável, revelando tanto entusiasmo quanto ceticismo em relação à tecnologia.
Recentes pesquisas da Samsung, que entrevistou mais de 5 mil jovens da Geração Z em países como França, Alemanha, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos, mostram que quase 70% dessa geração considera a IA uma ferramenta “preferida” para tarefas ligadas ao trabalho, como resumir documentos, conduzir pesquisas, além de funções criativas, como brainstorming e busca de inspiração.
Apesar desse aparente entusiasmo, um estudo da EduBirdie, uma plataforma de redação de ensaios, aponta uma visão mais cautelosa: mais de um terço dos jovens que utilizam ferramentas de IA como o ChatGPT no ambiente de trabalho sentem-se culpados, temendo que a dependência dessas tecnologias possa limitar suas habilidades de pensamento crítico e criatividade.
Essa ambivalência pode refletir uma consciência mais aprofundada da Geração Z sobre as potenciais consequências da IA. De fato, uma pesquisa separada da National Society of High School Scholars indicou que 55% dos jovens acreditam que a IA terá um impacto mais negativo do que positivo na sociedade nos próximos 10 anos. Essa geração também expressa preocupação com a privacidade, com o mesmo percentual prevendo que a IA afetará a privacidade pessoal de maneira negativa.
Esses dados sugerem que, embora a Geração Z reconheça os benefícios da IA para otimização de tarefas, ela também está atenta aos riscos, mostrando uma visão crítica que talvez outras gerações ainda estejam desenvolvendo. As preocupações incluem a perda de habilidades essenciais e os impactos na privacidade, destacando a necessidade de um equilíbrio entre o uso de IA e a preservação das capacidades humanas.