Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

ARTIGO: A moeda de troca que queremos: regulação e inovação em favor do cidadão

Iniciativas como Pix, Drex, entre outras, não apenas melhoram a vida dos consumidores individualmente, mas também geram maior competitividade, estimulam o empreendedorismo e fortalecem a economia como um todo, tornando-a mais resiliente e inclusiva

O Banco Central do Brasil (BCB) conquistou mais um reconhecimento, desta vez como o ‘Central Bank of the Year 2024’ no ‘Central Banking Awards’, que destaca não apenas a excelência da instituição na regulação bancária, mas também o impacto positivo direto que suas iniciativas de inovação geram no universo das instituições financeiras e na vida dos consumidores brasileiros.

Desde 2019, o Bacen já contabilizou 35 prêmios conquistados, entre reconhecimentos nacionais e internacionais, tornando-se uma referência global. Um dos exemplos mais emblemáticos desse impacto é o sucesso do sistema de pagamento instantâneo de varejo Pix. Até novembro do ano passado, mais de 155 milhões de brasileiros foram beneficiados pela conveniência e eficiência das transferências instantâneas, eliminando a necessidade de esperar dias para a conclusão de uma transação.

Além disso, foram realizadas 66,5 bilhões de transações via Pix, com um volume movimentado de R$ 29,7 trilhões. Esse avanço não apenas economiza tempo e dinheiro para os consumidores, mas também promove uma economia nacional mais ágil e dinâmica.

Outra iniciativa que merece destaque é a emissão de uma moeda digital do banco central (CBDC), conhecida como ‘Drex’, que tem o potencial de democratizar ainda mais o acesso aos serviços financeiros. Ao fornecer uma plataforma digital segura e acessível, o BCB está abrindo novas oportunidades para os brasileiros, especialmente para aqueles atualmente excluídos do sistema financeiro tradicional.

O Sistema de Informação de Valores a Receber (SVR) também merece reconhecimento por sua contribuição para a transparência e equidade no setor financeiro, além de eliminar as burocracias que esgotam a paciência do brasileiro. Ao permitir que os consumidores verifiquem se possuem ativos não reclamados, o BCB garante que nenhum brasileiro seja deixado para trás, ajudando a recuperar bilhões de reais em ativos financeiros que, de outra forma, poderiam permanecer esquecidos.

Desde 2018 até o início deste ano, estive à frente de importantes entidades que promovem uma agenda de fomento para o ecossistema de fintechs. Pude acompanhar e participar de um setor que, neste período, evoluiu de 300 startups financeiras para mais de 1.800, segundo mapeamento e estudos regionais.

Essas iniciativas não apenas melhoram a vida dos consumidores individualmente, mas também geram maior competitividade, estimulam o empreendedorismo e fortalecem a economia como um todo, tornando-a mais resiliente e inclusiva. Ao promover a inovação e a transformação digital, o Banco Central do Brasil está construindo um futuro financeiro mais justo e acessível para todos os brasileiros.

Aproveito a reflexão para enaltecer dois conteúdos recentes em que contamos com a participação da Diretoria de Regulação do Bacen no palco do Innovation Xperience Conference, onde foi possível aprofundar a visão e a agenda de trabalho para o ano de 2024.

Otávio Ribeiro Damaso, Diretor de Regulação do Banco Central do Brasil, durante a 5ª edição do iX Conference

Banco Central em 2024 – agenda de tecnologia e inovação para o sistema financeiro

Painel com lideranças do setor financeiro durante a 5ª edição do iX Conference

O futuro do sistema financeiro: DREX, Open Finance e Inclusão Digital

Em última análise, o prêmio recebido pelo BCB é um testemunho do seu compromisso em colocar os consumidores no centro de suas ações, além de garantir um setor mais aberto e competitivo, garantindo que cada cidadão brasileiro tenha a oportunidade de usufruir de uma economia cada vez mais digital, conectada e inovadora.

Marcos Carvalho é diretor Geral e fundador da plataforma Inovativos. Anteriormente, atuou como diretor da ABfintechs e do Movimento Inovação Digital (antiga ABO2O). Formado em administração de serviços e pós-graduado em comunicação e relações públicas pela USP, possui 15 anos de experiência em consultoria em projetos de conteúdo, relacionamento e negócios para os setores de tecnologia da informação, cibersegurança, customer experience, financeiro e varejo.

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