Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

Mercado de luxo: tecnologia é decisiva para efetividade do CX, aponta estudo

A tecnologia está mudando a forma como as marcas de luxo se relacionam com os consumidores no País, permitindo níveis elevadíssimos de personalização e engajamento. É o que aponta um estudo da Bain & Company, que analisou o desempenho do mercado brasileiro de luxo nos últimos cinco anos para entender quem são os consumidores do luxo no país e traçar estimativas sobre a evolução do mercado.

A tecnologia está mudando a forma como as marcas de luxo se relacionam com os consumidores no País, permitindo níveis elevadíssimos de personalização e engajamento. Mais do que nunca, pensar e agir como um nativo digital, acompanhando o desenvolvimento do setor, será um passo decisivo para alcançar o sucesso no mercado de luxo nos próximos anos.

É o que aponta um estudo da Bain & Company, que analisou o desempenho do mercado brasileiro de luxo nos últimos cinco anos para entender quem são os consumidores do luxo no país e traçar estimativas sobre a evolução do mercado. De acordo com a consultoria, o setor deve crescer de 6% a 8% ao ano até 2030, quando poderá atingir R$ 133 bilhões de faturamento.

Para Lívia Moura, sócia da Bain e responsável pelo estudo, a inovação tem um papel fundamental para os negócios do setor e, “para se manterem bem posicionadas no mercado, as marcas devem ficar atentas às mudanças de comportamento dos consumidores, se prepararem para a entrada de novos players, além de investirem nos canais digitais e no fortalecimento da cadeia de valor”.

Metodologia

O estudo segmentou o mercado de luxo em nove categorias: moda e itens pessoais, imóveis, automóveis, saúde, aeronaves privadas, iates, fine art, hotéis e bebidas finas. Todos elas cresceram nos últimos anos, algumas mais afetadas pela pandemia, como automóveis e hotéis, enquanto outras mostraram expansão significativa após a crise sanitária. As categorias menos impactadas foram as de compra de imóveis e aeronaves privadas. 

Em relação aos consumidores de luxo, a Bain constatou que, embora representem menos de 1% da população brasileira, esses indivíduos possuem riquezas líquidas que ultrapassam os R$ 3,5 trilhões. Existem no Brasil 1,2 milhão de pessoas consideradas afluentes (com ao menos 100 milhões de dólares em ativos líquidos) e 114 mil pessoas consideradas estabelecidos (com ativos líquidos de pelo menos US$ 1 milhão).

Demandas do consumidor

Entre as principais demandas do público consumidor de produtos de luxo, o estudo apontou cinco características principais:

Hiperpersonalização: busca por propostas de valor personalizadas para atender às preferências fragmentadas dos consumidores e de micro nichos, incluindo recompensas personalizadas por lealdade e reconhecimento do compartilhamento de dados;

Sortimento adequado: produtos com os quais os clientes se importam (origem, exclusividade, inovação etc.), cujo objetivo é impactar positivamente comunidade e meio ambiente, com um senso de propósito com valores compartilhados com os grupos de consumidores;

Acesso onipresente: possibilidade de conduzir a experiência de compra em qualquer lugar, do modo que for mais conveniente, sem atrito, de formas confiáveis e seguras on-line, off-line e omnicanal;

Conveniente e rápido: serviços sob demanda com vários pontos de contato e opções de atendimento. Cuidado com transparência, rastreabilidade e disponibilidade de informações oportunas e acessíveis sobre as especificações e diferenciais dos produtos para realizar as melhores escolhas;

Humanização: interações compassivas e calorosas para equilibrar a automação, utilizando a gamificação para gerar maneiras interativas de entreter, educar, inspirar e envolver.

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