Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

Startups aumentarão investimentos em reputação em 2024

Aumentar a visibilidade e autoridade de marca no mercado, mantendo ou incrementando investimentos em reputação institucional. Esse será o direcionamento de 73% das empresas de inovação no País em 2024. É o que mostra a 1ª Pesquisa Nacional sobre o Impacto de Relações Públicas no Mercado de Inovação, realizada pela aceleradora de reputação MOTIM.

Aumentar a visibilidade e autoridade de marca no mercado, mantendo ou incrementando investimentos em reputação institucional. Esse será o direcionamento de 73% das empresas de inovação no País em 2024. É o que mostra a 1ª Pesquisa Nacional sobre o Impacto de Relações Públicas no Mercado de Inovação, realizada pela aceleradora de reputação MOTIM.

O levantamento, feito com gestores de comunicação das 100 principais empresas de inovação do Brasil – entre startups, empresas de capital aberto e empresas já consolidadas no mercado – considerou empresas de inovação em três estágios diferentes: as que estão no começo de suas operações; scale-ups, ou seja, empresas em estágio de expansão de mercado; e os unicórnios, aquelas já consolidadas e que valem mais de US$ 1 bilhão.

São justamente os unicórnios as empresas que mais devem aumentar o investimento em relações públicas, com 72% da intenção. Além disso, a pesquisa revela que o direcionamento do budget de marketing dessas marcas em estratégias de PR e reputação devem representar 20% no próximo ano.

Considerando o escopo de relações públicas, o estudo aponta que 95% das marcas de inovação estão em busca de maior visibilidade, seguido de credibilização de marca (84%) e aquisição de novos clientes (67%). Entretanto, credibilização de suas lideranças, melhorar a relação com investidores e gestão de crise foram também citadas pelos executivos entrevistados, sendo o objetivo de 48%, 31% e 29% dessas empresas, respectivamente.

Para Silas Colombo, fundador e CCO da MOTIM, o estudo mostra uma tendência de maturidade na construção das marcas de inovação. “Os últimos movimentos que afetaram as empresas da nova economia forçaram o entendimento de muitos gestores de que construir marcas não significa só vender desesperadamente. Os profissionais que entenderam antes a complexidade e importância de consolidar ideias disruptivas, tornando-as comuns, apresentam resultados muito superiores. Felizmente, esse entendimento começa a tomar vida no ecossistema em geral”, afirma. 

Investimento mal aproveitado

O estudo também mostra uma tendência de pouca assertividade nos investimentos de reputação e relações públicas para 10% das empresas de inovação. Já 70% dessas empresas, que se consideraram insatisfeitas com suas estratégias de PR, alocam menos de 10% do budget de marketing no segmento e 69% apostam em resultados a curto prazo. Além disso, apenas 53% utilizam estratégias de PR que vão além da assessoria de imprensa.

Em contrapartida, as empresas de inovação que estão mais satisfeitas são as que destinam mais recursos para relações públicas. A pesquisa mostra que 46% delas investem mais de 10% do budget de marketing em PR, sendo que 26% investem mais de 20% do budget. Além disso, 67% delas entendem a estratégia além da assessoria de imprensa, criando narrativas relevantes com influenciadores (59%), em eventos (79%) e com suas lideranças, majoritariamente via LinkedIn (63%).

“A pressa por vendas permitiu que muitas marcas apostassem em fórmulas mágicas de crescimento. Isso deixou um estigma negativo sobre o impacto real do investimento em relações públicas e reputação no geral. Como essa ferramenta de comunicação faz parte de um ecossistema completo de construção de marca, não poderia realmente mover sozinha os ponteiros de um negócio. Aparentemente, essa percepção vem mudando gradativamente ao passo que os gestores entendem seu lugar estratégico no cenário macro do marketing”, conclui Colombo.

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