Governos de 28 países, incluindo o Brasil, Estados Unidos, China e Reino Unido, assinaram no dia 1º de novembro uma declaração conjunta por meio da qual concordaram em trabalhar em conjunto para combater os riscos representados pela inteligência artificial (IA). Trata-se da primeira declaração internacional sobre a contenção dos riscos da IA.
A declaração negociada – conhecida como Declaração de Bletchley – foi divulgada durante a Cúpula de Segurança da IA, realizada no Reino Unido. Na ocasião, os países apelaram conjuntamente a políticas transfronteiriças para prevenir riscos, que vão desde a desinformação até “danos catastróficos, deliberados ou não intencionais”.
Os países concordaram em apoiar a investigação “internacionalmente inclusiva” sobre os futuros modelos de IA mais avançados e em trabalhar em prol da segurança através de organizações internacionais existentes – incluindo o Grupo dos Sete (G7), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Conselho da Europa, as Nações Unidas e a Parceria Global sobre IA.
De acordo com a secretária de Estado da Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido, Michelle Donelan, é preciso uma abordagem proativa antes que novas tecnologias de IA apareçam em 2024. Dessa forma, a declaração conjunta insta as empresas de IA a garantir a segurança e apela à transparência e à responsabilização nos seus planos para “medir, monitorar e mitigar capacidades potencialmente prejudiciais”.
Uma segunda reunião de cúpula está prevista para ser realizada na Coreia do Sul dentro de seis meses, e uma terceira na França, daqui a um ano.
Com informações do Valor Econômico
