A Accenture uniu-se ao Movimento Inovação Digital (MID) e à Fundação Dom Cabral (FDC) para avaliar casos de inovação digital com o objetivo de promover a força da inovação no País. A iniciativa, chamada Prêmio Inovativos, realizada pelo Grupo Innovation Experience, estuda casos implantados aqui e compartilha as boas práticas como inspirações para o mercado, reconhecendo iniciativas de impacto nas organizações.
Como desdobramento do Prêmio, foi realizado um estudo sobre inovação digital que compartilha tendências, casos de sucesso e boas práticas para inovação corporativa. Algumas das conclusões mais importantes do estudo foram apresentadas durante o evento de pré-lançamento, realizado no São Paulo Innovation Hub da Accenture, e agora publicado o estudo completo: Inovações Transformacionais: a sua empresa está preparada?
“O Prêmio Inovativos nos deu uma perspectiva e insights sobre as características e os desafios da inovação no País. A inovação tem o papel de acelerar o crescimento, otimizando operações para alcançar maior eficiência e geração de valor”, afirmou Ivan de Souza, líder da prática de Estratégia para a América Latina na Accenture.
Objetivos estratégicos
Uma das conclusões do estudo, denominado “Inovações Transformacionais: a sua organização está preparada para criar inovações transformacionais?” é que as organizações precisam de novas estratégias para aproveitar o ritmo rápido das mudanças tecnológicas, criar inovações transformacionais e prosperar.
“As empresas precisam ter uma estratégia bem clara e orientada para inovação para que ela seja de fato geradora de valor. São elas que trazem diferenciais competitivos a longo prazo”, destacou Ricardo Polisel, líder de Estratégia de Tecnologia para a América Latina da Accenture.
Elementos impulsionadores da inovação no Brasil
O levantamento identificou quatro elementos-chave que impulsionam a inovação: um core digital sólido, organização sem fronteiras e centrada no cliente, cultura de colaboração local e inovação com propósito socioambiental.
Cerca de 80% dos casos de sucesso avaliados utilizaram ao menos um elemento do core digital sólido (cloud, dados, IA, segurança e plataforma). Além disso, 30% das companhias que já testaram IA avançaram sua maturidade nesta área o bastante para atingir performance e crescimento superiores.
Outro dado relevante é que em quase 90% das organizações que indicaram um aumento nos índices de satisfação do cliente, havia ao menos um método de engajamento envolvido no desenvolvimento da inovação, sendo a validação de protótipo com clientes e o mapeamento da jornada os tipos de engajamentos mais citados.
Inovações transformacionais
Um dos painéis realizados no evento de pré-lançamento do estudo debateu o papel das inovações transformacionais e a importância de pensar em inovação com centralidade digital, cultura e propósito bem definidos, e com foco nas pessoas. “As pessoas são fundamentais no processo de inovação, não só os colaboradores, mas também os stakeholders”, ressaltou Carolina Araripe, coordenadora de Inovação Corporativa na Dexco.
“Empresas que tiveram sucesso em suas inovações transformacionais lidam com as pessoas compreendendo cuidadosamente o seu cliente e conectando esses clientes com a organização”, apontou Victor Lima, mediador do painel e líder de Technology Innovation e Tech Sustainability para a América Latina da Accenture.
Uma das empresas que apostou na centralidade digital como estratégia de inovação é o dr.consulta. “A empresa e todos os seus produtos já nasceram no digital. Além disso, todas as nossas iniciativas passam por tecnologia”, contou Guilherme Kato, CTO do dr. consulta.
Já para Wagner Kool, head de Digital Transformation South America da Basf, ao lado de outros aspectos importantes, para inovar “é preciso promover uma cultura organizacional na qual os colaboradores possam opinar e participar ativamente. É fundamental deixar claro para todos na empresa aonde a gente quer chegar, o nosso propósito”.
O futuro dos negócios
Outro painel realizado no evento discutiu o futuro dos negócios e as novas tecnologias e tendências que irão direcionar a inovação. “Da mesma forma que a revolução industrial impactou todas as áreas da nossa vida, estamos vivendo um momento ímpar em que as oportunidades proporcionadas pelo ecossistema digital são enormes. A digitalização está apenas começando”, afirmou Vitor Magnani, presidente do MID e mediador do painel.
De acordo com Gaspar Lins, CTO e COO do Banco Digio, “uma das formas de pensar em inovação é também fazer tudo aquilo que seja orgânico e natural no processo de jornada do cliente. Aí podemos falar de hiperpersonalização, Pix, Open Finance e serviços que façam sentido para os clientes”.
Gil Giardelli, escritor e professor convidado da Fundação Dom Cabral, alertou para a falta de mão de obra qualificada no país para trabalhar com inovação. “Grandes empresas estão criando centros de inovações, mas falta mão de obra capacitada. Acredito no Brasil, mas temos que investir em educação de alto impacto desde a primeira infância. A inovação tem que colocar as pessoas no centro, tem que ser transformacional”, concluiu.
O evento de pré-lançamento contou com presença de executivos de organizações, membros da academia e ecossistema para debate dos insights e aprendizados do prêmio.
Para ler o estudo completo, visite: Inovações Transformacionais: a sua empresa está preparada?
No evento, também foi lançada a 2ª edição do Prêmio Inovativos. Para participar do movimento e promover a força de inovação no país, inscreva-se:https://inovativos.com.br/premio/.
