Em um comercial de TV para comemorar seus 70 anos no Brasil, a Volkswagen abriu espaço para debates
acirrados sobre o caráter moral de produzir, via inteligência artificial, uma performance da cantora Elis Regina – contracenando com sua filha, Maria Rita. Cada uma em uma Kombi, fazendo um dueto com a música “Como nossos pais”, de Belchior. Mas o personagem principal dessa história parece ter ficado em segundo plano: o modelo ID.Buzz, mais conhecido pelo apelido de “kombi elétrica”, (guiada por Maria Rita no comercial). Essa versão 100% elétrica do veículo chega ao Brasil em um lote limitado de 70 unidades e promete fortalecer a presença do país na estratégia global de eletrificação da marca. Mãe e filha cantam uma música que traz na letra, entre outras coisas, as relações entre gerações, afirmando que “o novo sempre vem”.
A eletromobilidade, que ganha cada vez mais força pelo mundo, promete representar um pouco desse novo momento do mercado automotivo. Com a proposta de substituir os motores movidos a gasolina ou diesel, por exemplo, por eletricidade, significa para muitos uma forma de minimizar os desafios climáticos e ambientais. Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) revelam que, em 2022, mais de 10 milhões de veículos elétricos e híbridos plug-in foram vendidos ao redor do mundo, o que representa um elétrico para cada sete carros entregues. Por aqui, até meados do ano passado, o Brasil ultrapassou a marca de 100 mil carros e, até agora, as vendas atingiram 49.245 veículos em 2023, segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Um relatório do portal Bloomberg Linea estima que se esse crescimento continuar, há a possibilidade de alcançar o cenário de Zero Emissões Líquidas até 2050. Porém, por outro lado, a produção de veículos elétricos gera em torno de 16% das emissões mundiais de carbono na atmosfera. Os fabricantes já estão trabalhando nesse sentido, mas ainda há muita pista pela frente.
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