Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

A IA generativa e o futuro do trabalho nos EUA

Relatório do McKinsey Global Institute aponta que a automação - acelerada pela IA generativa - será o principal fator responsável pela mudança na demanda por várias ocupações

O mercado de trabalho nos Estados Unidos está passando por uma rápida transformação. De acordo com o relatório “IA generativa e o futuro do trabalho na América”, divulgado recentemente pelo McKinsey Global Institute, até 2030, as atividades que representam até 30% das horas trabalhadas na economia norte-americana poderão ser automatizadas, uma tendência acelerada pela IA generativa.

O estudo afirma que a automação será o principal fator responsável pela mudança na demanda por várias ocupações. O cronograma para a adoção da automação pode ser bastante acelerado. Sem a IA generativa, a pesquisa estima que a automação poderia assumir tarefas responsáveis ​​por 21,5% das horas trabalhadas na economia dos EUA até 2030. Com ela, essa participação saltou para 29,5%.

Impactos da IA generativa

Uma das maiores questões dos últimos meses é se a IA generativa pode acabar com empregos. O estudo não chegou a essa conclusão, embora não possa descartar definitivamente a perda de empregos, pelo menos no curto prazo. “Os avanços tecnológicos muitas vezes causam disrupção, mas, historicamente, acabam alimentando o crescimento econômico e de empregos”, aponta. 

De fato, a pesquisa indica que as categorias ocupacionais mais expostas à IA generativa podem continuar gerando empregos até 2030, embora sua adoção possa desacelerar sua taxa de crescimento. E mesmo que a automação se consolide, o investimento e os drivers estruturais apoiarão o emprego. 

Categorias crescentes

A expectativa é que o maior ganho futuro de empregos seja na área da saúde. Até 2030, o relatório ainda estima um aumento de 23% na demanda por empregos STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática). Apesar das demissões no setor de tecnologia este ano, isso não altera a demanda de longo prazo por talentos entre empresas de todos os tamanhos e setores, à medida que a economia continua a se digitalizar. 

“Os empregadores dos setores bancário, de seguros, farmacêutico e de saúde, por exemplo, estão realizando grandes transformações digitais e precisam de profissionais de tecnologia com habilidades avançadas. Além disso, espera-se que a categoria de serviços de transporte tenha um crescimento de empregos de 9% até 2030”, mostra o estudo.

Categorias em declínio

Por outro lado, as maiores perdas futuras de empregos provavelmente ocorrerão em suporte de escritório, atendimento ao cliente e serviços de alimentação. Esses trabalhos envolvem uma grande parcela de tarefas repetitivas e atividades que os sistemas automatizados podem lidar com eficiência.

A pesquisa estima que 11,8 milhões de trabalhadores atualmente em ocupações com demanda reduzida podem precisar mudar para diferentes linhas de trabalho até 2030. De modo geral, haverá mais crescimento na demanda por empregos que exigem níveis mais altos de educação e habilidades, e declínio em funções que normalmente não exigem diploma universitário. 

Aumento da produtividade

O relatório destaca que a automação pode colaborar para impulsionar o crescimento da produtividade e aliviar a escassez de mão de obra. Nesse processo, a IA generativa tem o potencial de aumentar a produtividade do trabalho nos EUA em 0,5 a 0,9 pontos percentuais anualmente até 2030. Combinando IA generativa com todas as outras tecnologias de automação, a estimativa é de crescimento da produtividade de 3 a 4 por cento ao ano.

“No entanto, os trabalhadores precisarão de apoio para aprender novas habilidades, e outros riscos associados à IA generativa também precisam ser mitigados e controlados. Mas se as transições e os riscos dos trabalhadores forem bem gerenciados, a IA generativa poderá contribuir substancialmente para o crescimento econômico”, conclui a pesquisa.

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