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Investidores desejam evolução na governança das startups do agronegócio

Pesquisa realizada pela PwC aponta que o estágio de maturidade em relação à governança adotada pelas startups do agronegócio não tem acompanhado a expectativa dos investidores

O estágio de maturidade em relação à governança adotada pelas startups do agronegócio, principalmente em fases iniciais e finais, não tem acompanhado a expectativa dos investidores. É o que mostra a pesquisa Jornada da Confiança, realizada pela PwC Brasil com o objetivo de medir o estágio de maturidade das empresas em cada uma das etapas de evolução e em cada pilar do negócio, no que se refere à governança corporativa.

Ao considerar que “Estratégia e Sociedade” se refere aos aspectos de relacionamento entre sócios, o estudo aponta que este é o pilar mais importante para a empresa alcançar, a médio e longo prazo, a maturidade e chegar à fase de escala / crescimento.

Etapas de evolução

Segundo o estudo, na fase de ideação, 100% das empresas estão acima do nível de maturidade esperado. Na etapa de validação, por sua vez, nenhuma empresa pratica as atividades esperadas, que são a criação de uma rede de mentores e conselheiros, além da definição de mecanismos de remuneração.

Já na fase de escala, na qual o desafio é crescer em um ritmo acelerado, 57% dos investidores têm expectativa de ver um plano de sucessão elaborado e 32% esperam que a empresa tenha um conselho de administração para apoiar os sócios.

Pilares de negócio

Ao todo, a pesquisa foi realizada com 33 empreendedores do agronegócio e 37 investidores. Eles responderam a questões do framework criado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) amparado em quatro pilares: Estratégia e Sociedade; Pessoas e Recursos; Tecnologia e Propriedade Intelectual; e Processos e Accountability.

De acordo com José Tomé, CEO do AgTech Garage e sócio da PwC Brasil, os investidores estão cada vez mais exigentes com as startups e pedem por demonstrações claras da solidez dos negócios. “Entender como as startups estão posicionadas em relação ao tema da governança é um dos principais caminhos para a criação de um ambiente de confiança, transparência e integridade no ecossistema de inovação”, afirma.

No que se refere ao pilar “Estratégia e Sociedade”, apenas 30% dos investidores esperam que as empresas tenham definidas as formas de contribuição dos sócios em relação às companhias. Apenas um quarto das startups, na fase de escala, adota todas as práticas recomendadas e apresenta mecanismos de governança com nível alto de maturidade. Por fim, metade delas possui código de ética e conduta formalizado, justamente o item com maior expectativa entre os investidores, com 38% de indicações.

No pilar “Pessoas e Recursos”, nenhuma startup do agronegócio na fase de escala pratica todas as atividades recomendadas quando avaliada a governança no aspecto de pessoas. Ao considerar “Tecnologia e Propriedade Intelectual”, quase um terço dos investidores (27%) esperam ver a prática de propriedade intelectual implementada na fase de ideação, porém metade das startups do agronegócio ainda não a adota em níveis recomendados.

Já em “Processos e Accountability”, o percentual de startups do setor que adotam todas as práticas recomendadas nesse pilar de governança para a fase de escala é baixo (17%), mas, ainda assim, está acima da média de todas as indústrias (5%).

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