Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

Artigo: Por que eu comecei a olhar para a cibersegurança em 2010

Foi em 2010 que comecei a desenvolver projetos de conteúdo, inteligência e networking para empresas do segmento de segurança da informação ou cibersegurança. Ah! Lembro bem como o tema era restrito naquele tempo… 

Pouca gente discutia o assunto com profundidade, se restringindo a “bolha” especializada no tema, e o mercado de uma maneira geral ainda enxergava a proteção cibernética como custo, geralmente dedicando tempo, esforço e dinheiro apenas após incidentes de vazamento de dados ou ataques contra empresas – ou seja, todos eram reativos.

Já naquele tempo, eu tive a oportunidade de me unir a importantes lideranças e empresas de segurança cibernética para as mais variadas iniciativas. Muitos dos assuntos abordados pelo noticiário de hoje foram discutidos ou mesmo foram desenhados lá atrás, o que ajudou a gerar o valor que atualmente enxergamos na cibersegurança. Que bom que esse momento chegou!

E o que discutimos desde 2010? Nesse período, houve uma forte exponencialidade digital, o que resultou na primeira e massificada onda digital conhecida como era da Web 2.0. O impacto na sociedade foi realmente brutal. Houve uma forte digitalização de tudo, o que resultou na desmaterialização de produtos e serviços e o consequente processo de desmonetização (ou o fim do dinheiro material). Isso favoreceu o amplo acesso à internet e desencadeou no debate de tantos outros subtemas. Um deles é a democratização e a inclusão digital, assuntos que ainda desafiam regiões mais distantes dos grandes centros do nosso País.

Falando especificamente de negócios, as mudanças também foram igualmente transformadoras. Vimos surgir a cultura de inovação aberta e  disruptiva, algo que desafiou e colocou em cheque organizações tradicionais. Surgiram, então, as empresas nativas digitais, um novo modelo de negócios que desafiou empresas e setores inteiros tradicionais. Quem ganhou foi o consumidor, que ganhou serviços mais fáceis, digitais e testemunhou um aumento na concorrência.

Óbvio que nem tudo foi um sucesso absoluto. Como todos sabem (ou deveriam), a jornada do empreendedorismo é um jogo infinito, com muitos altos e baixos, alegrias e decepções, e todo tipo de antagonismo que cruza o caminho dos negócios diariamente. Decepções ocorreram, claro. No entanto, prefiro pensar que tudo foi (e continuará sendo) um aprendizado que busca aprimorar o mercado e toda a sociedade.  

O conceito dos 6Ds da exponencialidade, inclusive, resume bem o que estamos falando. Abordado Peter Diamandis, mestre e pensador contemporâneo, o conceito referenda bem a curva de desenvolvimento em escala que vivemos nestes últimos anos.

E o que vimos na prática? Um mundo de novas ideias.

Conexão móvel via smartphone. Big data. Armazenamento na nuvem. Meios de pagamentos digitais. Internet das Coisas. Plataformização e APIs. Inteligência Artificial. Blockchain. Alta conectividade (5G). Todas essas tecnologias aceleradoras são impulsionadoras pela atual sociedade digitalizada, que, dia após dia, consolida a convergência entre negócios que passeiam entre o mundo online e o offline (o tal O2O) – uma ideia que se tornou uma necessidade para as organizações que precisam manter sua relevância. 

E como toda ferramenta de “meio”, incluindo todo o aparato tecnológico que vem a reboque, se movido por boas intenções, gera a evolução, inclusão e desenvolvimento benéfico à sociedade. Por outro lado, se essa mesma tecnologia for submetida ao uso inadequado, as consequências não serão diferentes: desvios, ataques, fraudes e até mesmo abre brechas para o controle e autoritarismo. 

E o que tudo isso nos ensina? O uso de tecnologias conectadas é um movimento irreversível e bem-vindo, porém precisamos ficar atentos com pessoas sempre dispostas a se aproveitarem das nossas fragilidades digitais. Até por isso, é fundamental que a nossa sociedade desenvolva uma cultura de cibersegurança para que, entre outras coisas, promova um trabalho de conscientização para o uso correto e seguro das tecnologias. E isso vale tanto para CNPJs quanto para os CPFs.

Hoje, felizmente, o outrora custo cibernético virou investimento. Mais: ele vem garantindo a continuidade do negócio de muita pessoa jurídica (literalmente). Agora precisamos continuar acelerando o tema no mundo corporativo. Precisamos que o assunto avance ainda mais na agenda empresarial e que o tema tenha um verdadeiro impacto na rotina de um CEO. Será que você e a sua empresa já fazem isso?

Nós do Movimento Inovação Digital (MID) fizemos a nossa parte. Reunimos mais de 25 CISOs, CTOs e DPOs para compartilhar as melhores práticas em um Guia Setorial de Cibersegurança, visando garantir o avanço de maturidade na aplicação e continuidade de negócios. É importante que todos vejam o resultado, pois ele é gratuito e foi pensado para todo tipo de negócio. Ele é simples na linguagem, porém profundo na abordagem. E eu te digo: vale a pena parar o seu dia para ler. Que tal? Clique abaixo e baixe o guia de cibersegurança:

capa

Artigo escrito por Marcos Carvalho, diretor-geral do Movimento Inovação Digital (MID) e do Grupo iX

whatsapp image 2023 04 25 at 15.01.28

+ mais lidas

Do “know your client” ao cuidados com os meios de pagamento: dicas para um black friday de sucesso

A grande novidade do iphone 16 não é o smartphone

Banco Central cria centro de excelência em dados e inteligência artificial

Do “know your client” ao cuidados com os meios de pagamento: dicas para um black friday de sucesso

A grande novidade do iphone 16 não é o smartphone

Banco Central cria centro de excelência em dados e inteligência artificial