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Instituto Cordial divulga estudo sobre fatores de risco para motociclistas no Brasil

Apoiado pela Uber com base em estudos de caso de Campinas, Fortaleza e São Paulo, estudo sugere boas práticas, faz recomendações e propõe agenda de ações para reduzir índice de sinistros de trânsito

Apoiado pela Uber com base em estudos de caso de Campinas, Fortaleza e São Paulo, estudo sugere boas práticas, faz recomendações e propõe agenda de ações para reduzir índice de sinistros de trânsito

Quem anda pelas ruas em todo o País consegue facilmente notar o crescimento do número de motocicletas trafegando nas vias. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), nos últimos 20 anos a participação das motos na frota veicular passou de 14,4% para 27,1%. Como reflexo, atualmente 35,1% dos óbitos decorrentes de sinistros de trânsito no Brasil envolvem motociclistas.

Com o objetivo de identificar as principais causas deste problema de segurança viária, o Instituto Cordial divulgou um estudo realizado com apoio da Uber sobre os fatores de risco para motociclistas no Brasil, com base em análise de casos das cidades de São Paulo, Fortaleza e Campinas.

De acordo com o diretor de Operações do Instituto Cordial, Luís Fernando Villaça Meyer, o estudo tem a intenção de buscar soluções que evitem a ocorrência e as consequências dos sinistros, além de contribuir para a construção de políticas públicas voltadas à segurança no trânsito. “É preciso mudar o paradigma de que apenas a mudança no comportamento do usuário seria suficiente para melhorar a segurança viária”, afirmou.

Segundo Meyer, é fundamental usar a abordagem de Sistemas Seguros e Visão Zero, que promovem a responsabilidade compartilhada da segurança no trânsito e sugerem uma ação de todos os envolvidos a fim de promover um sistema seguro de mobilidade em que, por exemplo, o planejamento urbano e o desenho viário sejam desenvolvidos para oferecer a capacidade de corrigir eventuais erros, além de proteger os usuários quando esses erros não podem ser corrigidos.

Perfil dos motociclistas

O estudo apontou que, enquanto São Paulo tem, aproximadamente, 1,1 milhão de motocicletas, Fortaleza e Campinas possuem na faixa de 330 mil e 125 mil, respectivamente. Já em relação ao número de motocicletas por 100 mil habitantes, observa-se que Fortaleza é a cidade com maior média (1225), seguida por Campinas (1027) e São Paulo (884).

Entre os fatores que contribuíram para o crescimento do número de motocicletas estão os crescentes congestionamentos nas cidades brasileiras, o aumento nos preços dos combustíveis e o crescimento dos serviços que utilizam motos, como o realizado pelos entregadores, por exemplo.

Quanto ao perfil das vítimas envolvidas em sinistros de motocicletas, em São Paulo a maioria é do sexo masculino (82,60%) e são os próprios condutores do veículo (75,78%). A faixa etária com o maior número de vítimas é a dos 18 aos 30 anos (48,23%), seguida pela faixa dos 31 aos 50 anos de idade (39,14%).

Já em Fortaleza, a predominância também é de vítimas do sexo masculino (80,93%) entre 31 e 50 anos (45,66%). Devido a limitações na base de dados, não foi possível obter as características das vítimas que moram na cidade de Campinas.

Causa dos sinistros de trânsito

O estudo apontou que a principal causa dos sinistros viários nas três cidades pesquisadas é a colisão: São Paulo (69,57%), Fortaleza (75,06%) e Campinas (59,76%). Em São Paulo, o atropelamento foi a segunda principal causa de sinistros com (11,17%), contra (6,31%) em Fortaleza. Já a queda é o segundo causador de sinistros em Fortaleza (16,34%), contra (11,6%) em São Paulo.

Na capital paulista, o tipo de veículo mais comum de se envolver em um sinistro com motocicleta é o carro (71,39%), seguido pela motocicleta (21,25%). Ao realizar o mesmo recorte em Fortaleza, observa-se que, em 57,59% dos casos, os automóveis estão envolvidos, enquanto que em Campinas esse índice cai para 53,92%.

Apesar da maioria dos sinistros terem ocorrido à luz do dia, os mais graves foram durante a madrugada, à noite e ao amanhecer. O estudo apontou que vias expressas e arteriais, além das pistas molhadas, tendem a ter mais sinistros fatais e graves. Além disso, o baixo uso do vestuário de proteção está associado com maior frequência de fraturas de membros inferiores e superiores.

Conclusões       

Resumidamente, as conclusões do estudo apontam para boas práticas, recomendações e agenda de ações para melhorar a segurança viária para os motociclistas.

“Mapeamos ações que devem ser adotadas pelos setores responsáveis, sejam eles para os motociclistas, melhorias de engenharia, fiscalização e monitoramento, empresas privadas que contratam os serviços, campanhas de educação e conscientização, além de normas, leis e ações do poder público para a diminuição do número de vítimas, sejam elas fatais ou não, e a redução do número de sinistros”, concluiu Luis Fernando. 

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