Tempestividade. Essa á a palavra que resume fraude e antifraude, na opinião dos participantes do painel “Experiência de compra, Meios de Pagamento & Antifraude: como conciliar transações seguras e fluidas no checkout”, apresentado durante a 4ª edição do Innovation Xperience Conference, evento do Grupo iX e correalizado em 2022 com a SP Negócios, iniciativa que tem o apoio do Movimento Inovação Digital (MID) e FecomercioSP.
Para Sandro Sinhorigno, responsável pela área de controle e gestão de riscos na Ame Digital, o advento do Pix trouxe junto novas formas de tentativas de fraude. “Tivemos que reagir na mesma velocidade.”
Para o executivo, as empresas estão aprendendo e adotando antifraudes com o “dinheiro que não existe”, como nas carteiras digitais e o próprio Pix. No caso da Ame, a detecção de possíveis fraudes começa no onboard e segue até o momento em que oferece o serviço de pagamento. “Trabalhamos com dados e parceiros para tentar prevenir os perfis de risco”, afirma.
“A carteira digital permite qualificar o risco pelo comportamento de compra do usuário”, complementa Fabio Murakami, diretor de Produtos da Carteira Digital e Open Finance da Magalu. No caso da empresa, diz, a conta digital possui uma camada de validação na parte transacional para inibir fraudes. “Também atuamos com Banking as a service, e isso ajuda”, pontua.
Menos fricção, mais vendas – Segundo o diretor de inovação da First Tech, Edmar Siqueira, alguns departamentos dentro das empresas ainda enxergam as soluções de antifraude como caminhos para aumentar a fricção, “atrapalhando” a experiência do usuário.
“Existem soluções seguras que não aumentam a fricção, como é o caso da tokenização. Com ela, ao mesmo tempo em que oferecemos dispositivos antifraude, entregamos uma experiência mais limpa ao usuário”, garante Siqueira.
Para o diretor de TI do dr. consulta, Guilherme Kato, ter um antifraude atuante é uma vantagem competitiva para o negócio. Ainda assim, diz, muitas áreas das empresas são “reticentes” com segurança e antifraude por verem como “obstáculos” para as vendas. “As empresas precisam colocar a área de antifraude e de segurança como pilar de negócio”, afirma.
Ulisses Okamoto, superintendente de prevenção e fraude do Itaú Unibanco, pontua que, no caso do mercado financeiro, o antifraude já é participante ativo do negócio. “Não podemos negligenciar esse ambiente.
O nível de controle e segurança é essencial para um negócio com base no risco”, diz. Ele explica que as diferentes áreas de negócios buscam o subsídio com a área de risco para implementar novos serviços ou produtos com segurança.
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