Em 2018, a Unesco lançou o termo Cidades Mil para englobar todas as inovações que uma cidade pode receber para facilitar a vida do cidadão, tornando-a mais sustentável e inteligente.
Trata-se de cidades que utilizam as novas tecnologias – como a Inteligência Artificial, o Big Data e a robótica – e com a participação de novos stakeholders (governantes, influenciadores e jovens, entre outros), de forma ética, sustentável, em favor da alfabetização, com gestão participativa e respeito às diversidades.
Para falar sobre os desafios das cidades mil e o futuro dos espaços urbanos, o Innovation Xperience Conference 2022 recebeu o representante do Comitê Regional para América Latina e Caribe de Unesco Mil Alliance, Felipe Chibás. O evento é uma iniciativa do Grupo iX e foi correalizado em 2022 com a SP Negócios. O iXC conta com o apoio do Movimento Inovação Digital (MID) e a FecomercioSP.
Desafios
De acordo com Chibás, entre os principais desafios das cidades mil está a melhoria da educação das pessoas quanto ao funcionamento da realidade híbrida. “Precisamos aprender a educar nossas crianças a respeito da tecnologia. Da mesma forma, temos que combater a desinformação e as fake news”, disse.
Outros desafios são organizar a mobilidade humana com ética e priorizar programas com indicadores e métricas tendo o cidadão como foco, promovendo uma nova afetividade dos espaços urbanos e educando o pensamento crítico e criativo.
Cidades como Helsinki, na Finlândia, e Songdo, na Coréia do Sul, já aderem ao novo conceito. Na primeira, por exemplo, os cidadãos são co-criadores e testadores das inovações. Na segunda, por sua vez, todos os serviços públicos são ligados à web (e-goverment).
Implementação
Para implementar uma cidade mil, Chibás elencou algumas etapas: diagnóstico da cidade e sua divulgação a todos os atores sociais e stakeholders; engajamento da população e empresas na criação de um plano de implementação de mudanças; além da implementação do plano e sua consequente avaliação e monitoramento. Os principais agentes de inovação são os governos, artistas, cidadãos e empresas.
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