O empreendedor social Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas, entusiasmou a audiência com sua história, narrada no painel “Agrofavela: empreendedorismo, inovação e inclusão nas comunidades”, que aconteceu na Innovation Xperience Conference, evento do Grupo iX, correalizado em 2022 com a SP negócios. A iniciativa conta com o apoio do Movimento Inovação Digital e FecomercioSP.
O G10 Favelas, bloco de líderes e empreendedores sociais das dez maiores favelas do Brasil, movimenta R$ 7,9 bilhões de reais por ano. “Buscamos investimentos para transformar a vida das pessoas. Levamos lojas e bancos para as comunidades. A grande sacada do G10 é mostrar que há dinheiro na favela. Temos 13.151 favelas no Brasil. Já criamos 19 iniciativas de negócios”, afirma Rodrigues.
“Nada foi fácil. Sou baiano. Vim para São Paulo com muitos sonhos, o principal deles era ficar rico. Não fiquei rico, mas descobri que posso contribuir para mobilizar a sociedade, e tentar mudar a maneira como a favela é vista”, diz o empreendedor.
Ao descobrir que Paraisópolis tem os mesmos problemas de Heliópolis ou da Rocinha, no Rio de Janeiro, os líderes comunitários se unem para pensar em soluções. “Se o e-commerce não entrega encomendas, considerando a área ‘perigosa’, criamos um hub próprio de entregas, dentro do qual já entregamos mais de um milhão de pacotes”, exemplifica.
Ele comanda ainda o projeto Agrofavela, do qual participam 500 mulheres de três comunidades – as paulistanas Paraisópolis e Heliópolis e Betim, em Minas Gerais. Plantadas nos terraços das casas, são produzidas duas mil toneladas de hortaliças por mês, que beneficiam cerca de 2.500 pessoas. “É barato, é sustentável, gera trabalho e renda. E toda a salada servida no hotel Emiliano vem de Paraisópolis”, diz o líder comunitário. “Venham visitar e conhecer”, convida.
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