Imagine tirar os óculos de realidade aumentada da mochila, estando em qualquer lugar do mundo, colocá-los no rosto e chegar ao trabalho para participar de uma reunião com a equipe. Ou interagir e assistir a um espetáculo com um amigo que mora em um país distante, como se estivessem sentados lado a lado. Nesse ambiente imersivo e digital, você pode entrar por holografia, que permite a projeção mais precisa de sua aparência, ou como um avatar, em uma versão mais tecnológica. A decisão é sua e pode ser feita a partir do seu humor do dia. Nesse mesmo mundo, é possível que empresas gerem negócios e experiências cada vez mais reais e da forma que melhor atenda às suas necessidades. Bem-vindo às possibilidades que o metaverso pode proporcionar.
A perspectiva é que a tecnologia seja usada de maneira mais ampla – torne esses cenários possíveis – em torno de dez anos, à medida que o 5G avança e as empresas investem na área. Uma das pioneiras na busca por essa realidade é a Meta. Em 2021, Mark Zuckerberg, fundador da gigante de tecnologia, anunciou o fundo de investimento XR Programs and Research Fund, que conta com US$ 50 milhões em pesquisas e programas para o desenvolvimento do metaverso nos próximos dois anos. Tudo isso num trabalho colaborativo que envolve parcerias com outras indústrias, pesquisadores, governos e organizações da sociedade civil.
Em maio deste ano, por exemplo, a empresa fechou parceria com quatro organizações brasileiras – ITS Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio), IRIS (Institute for Research on Internet and Society), Safernet e IP.Rec.
“O objetivo é fomentar projetos e pesquisas externas que nos ajudem a construir o metaverso de maneira responsável, com bem-estar e segurança”, explica Cristina Farjallat, diretora de negócios da Meta. Trata-se de uma construção conjunta, similar ao processo que levou à criação da internet.
E, como em toda novidade, ainda há muitos passos a serem dados para sabermos, realmente, onde essa tecnologia pode nos levar.