Saiba como soluções digitais, como o Banking as a Service, tornam isso possível
Depois que a transformação digital revolucionou o mercado, não é novidade dizer que o consumidor se tornou super exigente e espera, das empresas, cada vez mais soluções que façam da sua jornada de compra ainda mais perfeita. BNPL, PIX e Banking as a Service fazem parte da gama de opções que as organizações já são capazes de oferecer, mas ainda há certos conceitos que carecem de familiaridade.
Pensando em trazer mais clareza sobre o assunto e discutir insights valiosos, reunimos especialistas do setor financeiro, para compor esse painel.
Agora, do começo. O que significa BNPL?
“Buy Now Pay Later é um conceito novo para o mundo e não só para o Brasil. Um dos desafios mundiais para a adoção disso é: como fazer pagamentos rápidos, instantâneos e recorrentes sem usar cartão de crédito? Aqui, temos PIX, boletos, um monte de soluções tecnológicas, inclusive, cripto; como uma forma de facilitar esse meio rápido, sem intermediários e com baixo custo”. – Rodrigo Ikegaya, diretor de produtos da Foxbit.
“Eu acho interessante dizer que a gente não cria, necessariamente, novos modelos de negócio, mas a gente melhora modelos que já existiam como, por exemplo o Buy Now Pay Later. Ele resgata a ideia do cheque pré-datado, mas colocado dentro de novas ferramentas tecnológicas. Em cripto, é a mesma coisa. Ela lembra o uso de vouchers, que eram moedas que circulavam dentro de um ecossistema fechado”. – Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin.
O cenário phygital traz novas nomenclaturas e novos desafios. Fernanda Laranja, Institutional Relations Manager do Mercado Pago, confirma a demanda crescente do uso do BNPL em compras online:
“Temos, aproximadamente, 1,6 milhão de sellers que já estão com o BNPL ativado e é uma demanda tão grande e tão crescente dentro do nosso País que, comparado ao ano passado, temos um crescimento de venda desses sellers de 437%. Então, estamos trazendo essas pessoas para uma realidade nova da compra online. Antes, elas tinham que ir até um estabelecimento físico fazer o carnê. E, agora, com o BNPL, elas podem fazer compras online e parcelar, já que estamos falando de pessoas que não têm acesso a crédito”.
Próximo conceito: Banking as a Service (BaaS)
Quando se trata de Banking as a Service, a complexidade é ainda maior. Hoje em dia, qualquer empresa pode oferecer os mesmos serviços digitais que um banco, não com o intuito de funcionar como uma instituição financeira, mas para facilitar as transações do lado do consumidor.
Daniel Moretto, CSO da CSU.Digital, explica melhor:
“Quando a gente fala de varejo, por exemplo, imagina um supermercado em que tem o famoso cartão Private Label (PL). Aquele cartão que roda lá dentro, para o cara que compra só naquele mercado. Mas, hoje, é possível esse supermercado virar um banco, em que os funcionários podem ser pagos pela própria conta da empresa e uma série de outras coisas. Existe uma democratização, não só de pessoa física, mas de pessoa jurídica. Hoje em dia, todo mundo pode virar um banco digital e, empresas como a CSU, podem habilitar esse banco mais rapidamente. Porque você já tendo toda a estrutura preparada, você já vai para o mercado e pode ir cuidar do seu negócio”.
Marlon Fernandes, head of BaaS do Will Bank, complementa:
“Falando pelo lado das empresas, dar crédito não é fácil. E saber entregar isso, com todo um regulatório por trás, também não é. Então, o BaaS consegue centralizar essas burocracias para a empresa e ela focar no negócio dela. Falando em PIX, vemos que as pessoas realmente aderem a ele, inclusive, pessoas que não lidam tão fácil com celular ou qualquer outra tecnologia. O PIX é algo muito intuitivo”.
Todas essas possibilidades só provam o quanto o poder e a tecnologia estão, cada vez mais, na mão do cliente. Seja de um empreendedor, de uma dona de casa ou de um flanelinha (por experiência do próprio Marlon. História imperdível!).
Loise Nascimento, especialista membro do Comitê de Fintechs do MID e líder de Public Policy & Regulatory do Grupo Movile, mediadora desse painel, levanta uma questão curiosa em relação aos produtos já muito bem consolidados no mercado, como o cartão de crédito. Será que eles serão remodelados? E o PIX garantido, vai acontecer?