Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

Health 4.0: Tecnologia, Inovação e Regulação para o Desenvolvimento da Saúde

Assim como muitos setores, a Saúde evoluiu muito nos últimos anos com a digitalização. O maior exemplo é a telemedicina, que agora caminha para se tornar definitiva. Com tecnologia e inovação, a Saúde 4.0 está tornando a medicina mais acessível e com ótimos índices de resolutividade. Agora, é se preparar para enfrentar os desafios regulatórios e continuar desenvolvendo um modelo de Saúde mais eficiente, inclusivo e acessível a todos. O tema foi debatido na 3ª edição da Innovation Xperience Conference por especialistas do setor.

 

“O cenário de saúde digital teve um grande boom por conta da pandemia. É importante que esses ganhos que tivemos, em termos de acesso e experiência digital, permaneçam. Acho que é o papel das healthtechs gerar impulso para novas e melhores regulamentações”, afirmou Marina Jacob, Head of Legal & Policy da Memed.

 

Innovation Xperience 3
Marina Jacob

Trazendo como exemplo o cenário de prescrição eletrônica, Marina conta que consegue emitir prescrições de medicamentos de receitas simples, mas precisa permitir que outros tipos de pedidos – que hoje só podem ser feitos por papel – sejam permitidos com a mesma segurança sanitária.

 

“Precisa avançar e permitir que a experiência digital de um paciente atendido por telemedicina seja completa, que consiga não apenas ser atendido por um bom médico como conseguir adquirir esse medicamento também de forma digital”.

 

Innovation Xperience 3
Paula Mateus

Na opinião de Paula Matheus, líder do comitê de Healthtech & Wellness da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), muito se fala em colocar o paciente no centro, mas pouco se faz.

 

“Quando você pensa em customer experience e vê as outras verticais, o CX é muito forte. O que adianta fazer tele consulta de psiquiatria, mas o médico mandar a receita azul de motoboy por que não pode mandar via digital? A experiência fica quebrada. Acho que a regulamentação da saúde tem que vir pensando na experiência do cliente e colocando ele no centro”.

 

Ney Paranaguá, partner da Maida Health, concorda e acha que o setor de Saúde precisa aprender com as mudanças de comportamento com os outros segmentos. “Quando se fala em colocar os sujeitos no centro, dar poder a ele, não pode chamar de paciente. Há um erro filosófico, tem que denominar de outra forma. Paciente não age”, refletiu.

 

Innovation Xperience 3
Ney Paranaguá

Segundo ele, ainda há muito a ser feito no que tange à experiência do usuário no setor de Saúde, mas é preciso que as entidades sejam mais flexíveis para que mais inovações possam ser aplicadas.

 

“Há muitas empresas que se esforçam muito para sobreviver dentro de um ambiente que é muito regulado, especialmente pela agência, que, algumas vezes, torna engessada as possibilidades de inovação dentro do ambiente de plano de saúde”.

 

Mas, afinal, o que precisa ser feito para acelerar a inovação em Saúde e ficar de igual para igual com os outros setores da economia? Para Marco Aurélio Antas Torronteguy, Head da área de Life Sciences da TozziniFreire, falta fazer as perguntas mais difíceis.

 

Innovation Xperience 3
Marco Aurélio Antas Torronteguy

“Onde, na Lei do Ato Médico, existe algo que restrinja o meio? O meio não está discutido ali. Onde está dito ali que a telemedicina não está permitida? Ao contrário, está lá que o médico deve agir sem qualquer discriminação, portanto sem discriminar o paciente, aquela pessoa que está aqui ou alhures”.

 

 

 

Innovation Xperience 3
Rubem Ariano

Rubem Ariano, CEO e Founder da Filóo Saúde, acredita que é preciso ter coragem e resiliência para empreender no segmento, principalmente quem vier de outra área como ele o fez ao migrar do setor financeiro após 18 anos de experiência para o setor de Saúde. O executivo destacou ainda importância de levar bons profissionais para a área sempre que possível e deixá-los trabalhar, “pois só assim vamos conseguimos crescer”.

 

“Além disso, é preciso ter coragem de fazer as perguntas corretas, inclusive sob pena de críticas. Tem que questionar a forma como se vinha fazendo uma série de processos e de sistemas”.

 

Assista ao painel na íntegra abaixo ou escute o podcast completo aqui.

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