Foi no ano passado que a ONU encerrou o ciclo de um compromisso de centenas de nações chamado Década de Ações para a Segurança no Trânsito, período entre 2011 e 2020. Nesse intervalo de tempo, os países tinham meta reduzir em 50% o número de mortes no trânsito.
No Brasil, o objetivo seria reduzir pela metade a média de quase 50 mil mortes por ano até 2010. E o que se viu mais de 10 anos depois?
A meta não foi alcançada (em média, o mundo reduziu aproximadamente 30%), mas há motivos para comemorar. O Brasil, por exemplo, chegou no ano passado a uma média de 35 mil – ou seja, cerca de 15 mil vidas foram salvas por ano.
A implantação de punições mais severas e, principalmente, as ações de educação no trânsito ajudaram a salvar milhares de vidas por ano.
Segunda Década: velhas e novas medidas
A ONU renovou as esperanças de uma nova redução no número de mortes mais uma década (entre 2021 e 2030) e, mais uma vez, as ações de educação no trânsito devem ser o ponto de inflexão com a “velha/ nova” meta de menos 50%.
Para isso, poder público e iniciativa privada precisam assumir o protagonismo dessa luta. E isso já vem ocorrendo e com bons resultados. É o caso da Younder, uma “edtech” com foco em tecnologia para a educação no trânsito e que já ajudou a treinar mais de 50 mil motoristas no País, incluindo profissionais de aplicativos.
De acordo com Paula Tomborelli, diretora de produtos da empresa, mais do que salvar vidas, a educação no trânsito tem se tornado um forte aliado das empresas na redução de custos. É o que a empresa define como “direção defensiva e econômica”.
“Promovemos uma cultura engajada com as temáticas de trânsito e mobilidade, diminuindo os custos, seja por afastamento de acidente de trabalho, acidente com o veículo, manutenções e multas. Além disso, contribuímos de maneira indireta com uma mão de obra qualificada”, afirma.
Novas expertises
Outro ponto destacado por Tomborelli é o novo perfil de assuntos que estão inseridos no cotidiano do motorista – e que vão além do domínio das técnicas de direção defensiva.
Atualmente, o motorista lida constantemente bombardeado com dados pessoais de consumidores, seja nas entregas ou nos aplicativos de mobilidade, caso da 99. Até por esse motivo é imprescindível que ele conheça a Lei Geral de Proteção de Dados e as boas práticas no manuseio com as informações de terceiros.
“Na 99, o pilar de treinamento foi personalizado. Com a ajuda deles, nós desenvolvemos 8 cursos que já estão ancorados na nossa plataforma de educação tecnológica e tratam sobre os mais variados temas. Falamos sobre diversidade, ética, LGPD e muito mais. São assuntos imprescindíveis para os dias de hoje”, explica.
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Dia 1